Sabesp encontra pinos de cocaína em acesso à rede de esgoto durante ação contra vazamentos no litoral de SP
Imagens registradas em Santos – São Paulo (SP) foram compartilhadas por um vereador da cidade. Diversos moradores e turistas da Baixada Santista têm apresentado quadro de virose e o extravasamento de esgoto no mar tem sido apontado como a causa do problema. Em manutenção da empresa, foram encontrados os tubos que armazenam a droga.
1 de 4 Lixos e diversos pinos de cocaína foram encontrados em poço de visita no cruzamento de avenidas em Santos, SP — Foto: Redes Sociais
Uma grande quantidade de pinos plásticos usados para armazenar cocaína, além de uma garrafa de bebida alcoólica, foram encontrados em um poço de visita da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) durante uma manutenção para conter um vazamento no sistema de esgoto. As imagens foram compartilhadas pelo vereador Benedito Furtado (PSB).
O material poluente foi encontrado em um poço no cruzamento das avenidas Waldemar Leão com a Rangel Pestana, em Santos, no litoral de São Paulo. O acesso é usado por profissionais da Sabesp para vistorias e manutenções na rede de esgoto.
Nos últimos dias, a empresa foi notificada pela Prefeitura de Guarujá sobre um possível vazamento na rede de esgoto no mar, que teria dado origem ao aumento nos casos de virose na Baixada Santista. A Prefeitura de Itanhaém também abriu procedimento administrativo contra a companhia pelo extravasamento de esgoto.
As imagens com os pinos de cocaína foram registradas na última sexta-feira (3) em Santos, onde os casos de virose também aumentaram significativamente entre dezembro e janeiro.
Embora a droga não tenha ligação com a virose, os pinos no poço servem de indício para outros problemas encontrados no mar e revelados em pesquisa, como o alto índice de cocaína — foram detectados 500 nanogramas de cocaína a cada litro de água (leia mais abaixo).
Para o vereador Furtado, a situação revela o quanto a população está suscetível à poluição por cocaína. “Nunca tinha visto tanto. Isso é um perigo na poluição das nossas praias, dos nossos canais […] fiquei abismado”.