O Diário do Estado de Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil e a safra para o ciclo de 2025/2026 promete continuar em alta. Com previsões de que a produção será menor em comparação com a temporada anterior, os especialistas do setor indicam que os preços ao consumidor final devem se manter elevados. Neste contexto, a celebração do Dia Mundial do Café nesta segunda-feira (14) traz à tona a importância da bebida e as perspectivas para o mercado nos próximos anos.
O modo de preparo do café também é um fator que interfere diretamente em seu sabor. Métodos tradicionais como o café filtrado, ou de coador, são populares no Brasil e têm conquistado cada vez mais espaço no exterior. No entanto, mesmo com a popularidade da bebida, o preço tem sido impactado por questões como a menor oferta global, a valorização do dólar e a especulação nos mercados internacionais.
A expectativa é de que a safra de café arábica sofra uma redução de 13% em relação ao ano anterior, enquanto o café robusta deve crescer 18%. Mesmo com esse aumento na produção do café robusta, o volume total ainda será inferior ao registrado em 2024, o que mantém a pressão nos preços ao consumidor. O presidente do conselho da Cecafé, Márcio Ferreira, destaca que será difícil prever uma redução de preços no curto prazo.
A alta nos preços do café, que acumulam um aumento de 77,78% nos últimos 12 meses, é resultado de diversos fatores, como as safras menores no Brasil e no Vietnã, a alta do dólar e a especulação nos mercados internacionais. Mesmo com a cotação do café atingindo níveis recordes, o repasse para o consumidor final tem sido parcial, com a expectativa de que os preços permaneçam pressionados até o final do ano.
Além disso, o impacto do “tarifaço” dos Estados Unidos sobre produtos importados, como o café, pode influenciar o mercado global. A taxação de 10% imposta pelo presidente Donald Trump traz desafios, mas também oportunidades para o Brasil ampliar sua exportação para o principal cliente no exterior. A combinação de oferta limitada e demanda crescente continua a impulsionar os preços da commodity, refletindo diretamente nos custos da indústria e nos preços ao consumidor.