Motorista que fugiu sem pagar combustível passa vergonha e leva ‘puxão de orelha’ da mãe

Motorista que fugiu sem pagar combustível passa vergonha e leva ‘puxão de orelha’ da mãe

Não uma ou duas vezes, mas sim, quatro. Esse é o número de vezes que motoristas  fugiram sem pagar nos dois postos do empresário, Leandro Misael, localizados em Goiânia e Aparecida de Goiânia. O último prejuízo foi na sexta-feira (27), após um homem chegar no posto e pedir para encher o tanque. Porém, no momento de pagar os R$ 325, o cliente disse que iria efetuar o pagamento com o cartão, mas quando o frentista foi pegar a maquinha, ele fugiu.

Entretanto, na manhã desta quarta-feira (01), algo inusitado aconteceu. O valor que não foi pago pelo motorista foi ressarcido pela mãe, que reconheceu o carro após o assunto ser amplamente noticiado pela imprensa.

“Hoje a dívida foi paga. A mãe dele reconheceu o carro e foi lá pagar. Disse que não criou o filho para fazer esse tipo de coisa e que não iria acontecer novamente. Ela também pediu para retirar a queixa. Depois que conversarmos, ela efetuou o pagamento e pediu desculpas. Esse havia sido o maior prejuízo que tive esse ano. Os outros casos eram valores de R$ 30 e R$ 50”, explicou Leandro.

Corriqueiro

A prática, mesmo arriscada, vêm ganhando força no estado, segundo o frentista Gilson de Souza. Ele que abasteceu o carro do homem que fugiu na sexta-feira (27), explica que há grupos de gerentes de postos que diariamente denunciam esse tipo de crime.

Mesmo que não seja culpa do frentista, o prejuízo causando pelo motorista pode vir a ser descontado no próprio salário. Ou seja, caso um motorista que pede para encher um tanque de 55 litros, que pode vir a custar R$ 421,46, conforme uma pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bio Combustível (ANP), irá “engolir” 34,8% do salário do frentista. Isso levando em consideração que o vecimento desse trabalhador seja de R$ 1.212, preço do salário mínimo praticado no Brasil.

“Faço parte de um grupo de WhatsApp onde têm vários gerentes de postos. Neste grupo, é frequente a queixa desse tipo de delito. Já ouvi falar que em muitos postos de combustível o prejuízo é descontado no salário do frentista. No entanto, aqui na unidade esse valor é repassado ao próprio caixa do posto, não sendo descontado no nosso salário”, contou.

Proteção

Para evitar golpes, os postos estão apostando em segurança. Gilson, por exemplo, diz que o patrão mandou colocar mais câmeras de segurança no local após o último crime. Os equipamentos, inclusive, serviram para que o autor da fuga pagasse o prejuízo deixado no posto.

O Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, diz que os postos de modo geral estão adotando esse medida afim de coibir a prática, apostando em equipamentos de monitoramento e segurança, além de fazer melhorias na “medida do possível”.

“Os postos têm orientado os frentistas para estarem mais atentos aos movimentos dos clientes, pedindo para desligarem o motor durante o abastecimento (o que é norma de segurança). Outra orientação e de reter a chave do veículo durante o abastecimento, quando possível, além de anotar a placa do carro e prestar queixa na polícia para que possam buscar a identificação e o recebimento do valor não pago. Enfim, não tem muito o que fazer além disso”, concluiu.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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