Saiba como ajudar as vítimas das chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro

Entidades diversas, associações de vários setores e órgãos públicos de todo o país, especialmente do Rio de Janeiro, trabalham para reunir doações que ajudem no atendimento às vítimas do temporal que atingiu Petrópolis, região serrana do Rio, na tarde dessa terça-feira (15), e provocou deslizamentos em morros.

A prioridade para o primeiro momento de doações é de garrafas d’água, uma vez que a cidade teve o abastecimento comprometido com a tragédia. Além disso, as organizações também estão recebendo colchões, cobertores, material de limpeza e higiene pessoal, máscaras, álcool em gel, roupas e alimentos não perecíveis.

De acordo com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), “foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária.”

Saiba como doar

Para fazer doações fora do Estado do Rio de Janeiro, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH Petrópolis) disponibilizou uma conta para receber transferências bancárias. Quem quiser doar deve anotar os seguintes dados: Banco do Brasil, agência 2885-1, conta corrente 127599-2 e CNPJ 27.219.757/001-27.

Também é possível fazer doações via PIX para a organização comunitária SOSerra, por meio do número de celular da organização: (24) 99303-8885.

Outras possibilidades de doar dinheiro incluem transferências para as organizações Cáritas Arquidiocesana de Petrópolis (Bradesco, agência 0814-1, conta correte 48500-4), Solidariedade Petrópolis (doações via PIX para o CNPJ 30.836.216/0001-52) e Instituto Corrente do Bem (PIX para o CNPJ 36.719.388/0001-22).

Doações locais

Em Petrópolis, os principais locais de doações para produtos são:

  • Colégio Estadual Rui Barbosa (Bairro Alto da Serra);
  • Base na Travessa Euricles de Matos (Laranjeiras);
  • Polícia Militar (todos os batalhões da corporação têm bases para arrecadação);
  • Secretaria de Administração Penitenciária;
  • Secretaria de Saúde;
  • Secretaria de Educação;
  • Biblioteca Parque Estadual.

Além disso, o clube Botafogo colocou o Estádio Nilton Santos, o Engenhão, à disposição para receber e armazenar mantimentos doados para a causa.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp