Saiba como alimentação pode ajudar a amenizar calor

Apesar de uma previsão para pancadas de chuva neste final de semana, Goiás registrou nesta terça-feira (21), uma temperatura de 38ºC. A previsão é para que os termômetros hoje cheguem até 42ºC em algumas regiões do Estado. De acordo com a médica Nutróloga e Dermatologista, Aline Longatti, o corpo humano está preparado para funcionar em uma temperatura de 36,5ºc e  quando essa temperatura ultrapassa, pode causar desconfortos ao corpo.

“O ideal é procurar lugares frescos, sombras, usar roupas com malha de proteção solar, se hidratar bem para repor os eletrólitos e os minerais. Beber mais água que o normal é essencial. Essas altas temperaturas forçam o corpo a transpirar mais”, afirma a médica.

Em um dia normal, o ser humano elimina em média 2,5L de água por meio de transpiração, respiração e urina. Em temperaturas quentes, esse líquido eliminado aumenta. Segundo Aline, alguns alimentos mais leves  podem ser ingeridos para melhorar a hidratação corporal. “A melancia é uma das melhores frutas para se consumir nessa época, pelo auto poder de hidratação. Ajuda repor os líquidos perdidos e protege a pele no combate as queimaduras causadas pelo sol”, explica Aline.

Dra. Aline Longatti da dicas de boa alimentação – Foto acervo pessoal

Água de Coco

Aline também afirma que a água de coco é uma grande aliada nesses dias quentes, por ser um dois alimentos mais ricos em minerais e nutrientes fundamentais. “Outro alimento que eu recomendo é o tomate que é rico em minerais, vitamina B e antioxidantes”, explica a médica.

Saladas de folhas, alface, rúcula e espinafres também são recomendadas para os dias do verão, por serem leves e ajudarem na digestão, acabam ajudando  no funcionamento do organismo, “Legumes ricos em água, abobrinha e pepino são ótimo para complementar essas folhas”, indica Aline.

A médica afirma que frutos do mar também podem ser consumidos neste período, mas destaca que é necessário que eles estejam em bom estado de conservação. “Os peixes são bem saborosos mas devem ser frescos. São ricos em antioxidantes, de fácil digestão e ricos em proteína, que dá uma sensação de saciedade”.

Poder das frutas cítricas

Frutas cítricas também são uma boa pedida para esse período. “Laranja, limão e acerola são indicados tanto em forma natural, como em forma de suco. São ricas em vitamina C, ajudam na qualidade da pele e na hidratação, além de serem ricas em magnésio”.

Em dias quentes é normal que apresente uma perca de apetite e Aline explica que isso acontece porque o corpo precisa gastar menos energia.:

“É importante que façamos uma alimentação mais leve e refrescante nos dias quentes e apesar dessa falta de apetite, não é recomendado alterar a rotina alimentar, pois com essas altas faixas de temperatura, vem a perda de líquidos, nutrientes e precisamos manter o nosso organismo em bom funcionamento”, pontua Aline.

 

Fuja dos Fast Foods

Além de optar por uma alimentação leve, Aline faz um alerta sobre o que deve ser evitado nesses dias de temperatura alta. “Evite alimentos processados, ultra processados, frituras, fast food, refrigerantes e bebidas alcoólicas”. Aline também destaca que é importante observar a qualidade e higiene do ambiente onde o alimento será consumido. “Nessa época do ano a possibilidade do alimento estragar é muito grande”.

A nutróloga e dermatologista também alerta sobre o uso do protetor solar que é indispensável neste período. “Como dermatologista eu já falo para correr do horário de pico, entre às 10 e 16hrs”, alerta Aline.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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