Saiba como verificar se o seu nome está ‘sujo’ e como regularizar

Ser impedido de fazer compras a prazo, empréstimos em bancos ou ter um cartão de crédito negado são algumas da consequências para quem está com o CPF negativado.

Mas muitas pessoas não sabe que o documento está ”sujo” e se surpreendem ao terem um recurso negado no banco. Para saber se o seu nome está nesta condição, é necessário consultar o cadastro de empresas especializadas neste serviço. Os dados são repassados por empresas que contratam a consultoria, formando um banco de dados.

A gerente da Serasa, uma das empresas que prestam este tipo de serviço, Aline Maciel contou que as empresas fazem análise no histórico de dívidas do consumidor nos últimos cinco anos.

”Quanto mais dívidas ele tiver no histórico, pior pagador ele é classificado e menos crédito no mercado vai conseguir”, explica.

Enquanto as empresas que contratam esse serviço podem consultar qualquer CPF, o consumidor pode chegar nas plataformas disponíveis a sua situação. Para saber se está negativado, é necessário realizar um registro informando o nome completo e data de nascimento, que irá gerar um login e senha.

Gratuitamente, além da Serasa, existe a condição de acessar o crédito no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que é administrado pela Boa Vista. No SPC Brasil, o serviço é pago.

Ao acessar a plataforma, o consumidor fica sabendo se é considerado um bom ou mau pagador, além disso pode negociar suas dívidas com a intermediação da empresa de consulta de crédito. As dívidas podem ser consultadas, liquidadas ou parceladas. A Serasa, por exemplo, tem 65 milhões de CPFs cadastrados como inadimplentes, o que soma mais de 200 milhões de dívidas.

No cadastro, por exemplo, o consumidor tendo restrição de crédito, pode consultar as dívidas e negociá-las.

A gerente ainda alerta para os riscos de fraude, como envios de falsos boletos para negociação de dívidas.

“Os fraudadores acionam as pessoas pelo WhatsApp, dão uma condição super baixa, e as pessoas que já estão devendo acabam pagando esses boletos fraudulentos. O consumidor deve olhar o boleto para ter certeza que ele é verdadeiro”, destaca.

Ela ainda que sejam procurados plataformas ou empresas onde se contraiu a dívida para confirma a oferta de negociação.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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