Saiba mais sobre os crimes de Lázaro Barbosa

No dia 7 de março de 2018, Lázaro foi preso em flagrante por resistência à prisão, quando estava próximo a uma panificadora no Bairro de Águas Bonitas 1, etapa B, em Águas Lindas de Goiás. Agentes do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Águas Lindas o abordaram para cumprir mandatos de prisão pelo duplo homicídio qualificado na Bahia, por um latrocínio no DF e por porte de arma e tiveram trabalho para contê-lo. Ele fugiu e ao ser alcançado, só foi algemado depois que três agentes conseguiram imobilizá-lo no chão. Dia 23 de julho do mesmo ano, Lázaro novamente fugiu.

Durante os anos como foragido da Justiça, Lázaro continuou morando no Povoado de Girassol, em Cocalzinho de Goiás. Ele é suspeito de tentar roubar uma chácara na região e de matar o caseiro, que percebeu a presença dele. Na época, os chacareiros da região chegaram a oferecer um prêmio para quem conseguisse matar o criminoso. Depois deste crime, a mãe dele mudou-se do povoado. O pai ainda mora lá com a família e teme a volta do filho. Tem medo de que ele faça algum mal para a família. “Ele é um monstro”, afirmou em reportagem ao “Correio”.

No dia 8 de abril de 2020, Lázaro invadiu uma casa em Santo Antônio do Descoberto (GO), pegando de surpresa os quatro moradores idosos que jogavam dominó na varanda da casa. Ele desligou o fornecimento de energia e entrou no local, ameaçando e agredindo as vítimas com violência. “Além da ameaças psicológicas e do terror causado a todo momento, o denunciado restringiu a liberdade das vítimas trancando-as no quarto. Posteriormente, valendo-se de um machado danificou as janelas dos quartos, a porta da sala, da cozinha e dos fundos”, diz o processo judicial a que o Diário do Estado teve acesso.

Ele foi denunciado pelo crime de roubo majorado pelo emprego de violência com arma branca e restrição da liberdade das vítimas Lidelny Rocha Pimenta, Abadia Guimarães Rocha e Abadia Aparecida Duarte Guimarães e por tentativa de latrocínio contra Waldomir Belchior Guimarães, que foi atingido com um golpe de machado na cabeça, “causando-lhe uma fratura de base de crânio com traumatismo crânioencefálico, que o deixou em estado vegetativo permanente”.

Em seguida, o acusado pegou um facão e passou a agredir a vítima Lidelny no rosto, nas costas e nos braços. Ato contínuo, o denunciado subtraiu um celular smartphone, R$ 500,00 reais em espécie e uma arma de fogo revólver calibre 38, de Lidelny, e os três celulares smartphone pertencentes às vítimas Abadia Guimarães, Waldomir e Abadia Aparecida.

Em maio deste ano, o criminoso invadiu uma chácara no Entorno do DF, onde rendeu e prendeu em um quarto os homens da casa e deixou as mulheres nuas servindo comida para ele. Nenhuma pessoa da casa ficou ferida. Em 2013 foi submetido a exame cujo laudo diz que Lázaro é impulsivo, ansioso, desequilibrado mentalmente e com preocupações sexuais. Em abril deste ano ele estuprou uma mulher ao invadir a casa dela na região do Sol Nascente, em Brasília. Dia 17 de maio, invadiu outra casa na região e ameaçou os moradores. Fugiu sem ferir ninguém.

No dia 9 de junho deste ano, Lázaro atacou novamente. Ele invadiu um sítio em Incra 9, em Ceilândia, no Distrito Federal e matou quatro pessoas da mesma família. Ele executou Cláudio Vidal, de 48 anos; os filhos, Gustavo Marques Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15; e raptou Cleonice Marques, de 43, esposa de Cláudio e mãe de Gustavo e Carlos Eduardo. Ela foi morta na beira de um córrego, a tiros e facadas, indicando que o crime possa ter relação com os rituais satânicos que Lázaro seria adepto.

Desde então, Lázaro tem sido alvo de uma operação com mais de 220 agentes de segurança de Goiás e do Distrito Federal. Durante a fuga, ele já trocou tiros duas vezes com policiais e com civis. Ele deixou três pessoas de uma chácara baleadas e feriu dois policiais militares. De acordo com o secretário Rodney Miranda, da Segurança Pública de Goiás, o criminoso é altamente perigoso e mateiro (termo que ele usa para tentar explicar a astúcia de Lázaro em áreas rurais).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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