Maio ainda não acabou, mas já superou o número de acidentes de trânsito registrados neste ano em Goiânia. A maioria deles ocorre com moto no horário da tarde, entre as 13h e 18h. A estatística da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT) mostra ainda dados alarmantes que chamam atenção para o mês voltado à conscientização para o alto índice de mortos e feridos no trânsito.
Em 2022, o trânsito já causou a morte de 59 pessoas na Capital. No passado, a quantidade de vítimas foi 216 enquanto no ano anterior o registro foi de 186 óbitos. Os homens motociclistas entre 36 e 45 anos lideram o número de mortos. Os locais onde os acidentes mais aconteceram foram o perímetro urbano da BR-153, Goiânia 2, Vila Pedroso, Conjunto Vera Cruz, Bela Vista e Pedro Ludovico.
Apesar da leve queda nos índices, a frequência das ocorrências, principalmente nos finais de semana, fez o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) apertar o cerco contra motoristas que dirigem alcoolizados. A fiscalização mais intensa ocorre após um final de semana com seis óbitos no trânsito. Dois deles foram em uma colisão de veículos conduzidos por jovens embriagados. O grupo passou a noite bebendo em uma boate de Goiânia e saiu por volta das 4h apostando em alta velocidade na T-9.
Nesta quarta (18), um julgamento no Superior Tribunal Federal (STF) analisa três ações que questionam a legalidade da proibição de dirigir com presença de seis miligramas de álcool por litro de sangue ou sob efeito de substâncias psicoativas. O questionamento foi apresentado pela pela Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento (Abrasel) ainda na época de criação da lei justificando que a restrição limita a liberdade e promove autoincriminação. Apesar disso, a Advocacia Geral da União (AGU) já se manifestou a favor da manutenção.