Temperaturas extremamente baixas para a região e subvariantes são as principais responsáveis pelo aumento de casos de Covid-19 em Goiás, segundo o médico infectologista Marcelo Daher. De acordo com o painel de controle da doença divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), até a última atualização foram registrados 1.142 novos casos da doença. Além disso, 51,02% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), disponível para os pacientes contaminados, estão ocupados.
Conforme o infectologista, o vírus vem se adaptando e ganhando velocidade e capacidade de transmissão. Além disso, a variante BA.2 e as sublinhagens da ômicron como a BA.4 e a BA.5, que já circulam no território goiano, têm um alto poder de contaminação, o que contribui para elevar o total de casos da doença.
Daher também explica que o tempo frio também contribuiu para a disseminação da doença. Uma vez que, os ambientes ficam mais fechados, com menor circulação de ar.
Isolamento
Atualmente ainda se discute sobre o isolamento social, já que boa parte da população está vacinada e apresenta sintomas leves ou até imperceptíveis da doença. Mas, de acordo com o especialista, o período de isolamento não deve mudar. Ou seja, ainda deve ser respeitado o prazo de 10 dias ou o exame negativo da doença.
“O Ministério da Saúde não revogou nada em relação ao tempo de isolamento. Então, permanece o isolamento por dez dias de uma pessoa que testa positivo. E enquanto o teste vier positivo, o isolamento deve se manter”, explicou Daher.
Ele também ressalta que a alta médica deve ocorrer mediante dois testes tipo RT-PCR com resultado negativo ou um teste de antígeno também negativo.