Última atualização 06/08/2022 | 09:54
Trabalho, polêmica, sorte, estratégia… O mundo dos negócios envolve diversos fatores, mas para criar e manter impérios, uma pitada de vocação é imprescindível. Em Goiás, os únicos quatro bilionários são herdeiros de empresas nascidas no estado que ganharam o País e o mundo. O nome deles está na lista da maior a mais conceituada revista de negócios e economia mundial.
Bilionários de Goiás
Os mais famosos são os irmãos Wesley e Joesley Batista, da Friboi Alimentos. Eles começaram a trabalhar na empresa do patriarca, um açougue fundado em Anápolis nos anos 1950. A primeira aquisição foi do matadouro em Formosa, em 1969, e deu sequência a compra e administração de frigoríficos no País. A etapa de internacionalização do grupo começou em 2005 com a aquisição de um frigorífico argentino.
Atualmente uma holding, presente em 20 países, a JBS movimenta números estratosféricos. O faturamento em 2016 chegou a US$ 9,7 bilhões. A fortuna da dupla Batista foi avaliada em R$ 20,2 bilhões, o que os colocou na 11ª colocação no ranking nacional elaborado pela Forbes. Assim como dinheiro, eles colecionam escândalos que abalaram a política nacional.
Eles foram presos em 2017 dentro de uma desdobramento da Operação Lava Jato supostamente por pagamento de propina ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O assunto se tornou conhecido após a divulgação de uma conversa com o ex-presidente da República Michel Temer.
O segundo goiano mais rico é João Alves Queiroz Filho é de US$ 1,1 bilhão, conforme a revista Forbes. Dono da Hypera Pharma, ele apostou na mudança de viés da empresa criada pelo pai, a Arisco, em 1969. A aposta foi no ramo diversificado de produtos de higiene, beleza e alimentos voltados para a classe C e também farmacêuticos. O grupo gerencia 170 marcas. A conta dele tem cerca de US$ 1,1 bilhão.
Outro bilionário é o presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), Otávio Lage Filho. A família dele é sócia majoritária do grupo Jalles Machado, com atuação no setor sucroenergético, e tem patrimônio avaliado em R$ 1,16 bilhão. A empresa foi fundada pelo pai dele, o ex-governador Otávio Lage nos anos 1980.
Os ‘megaricos’ são herdeiros que conseguiram expandir os negócios. Os bilionários goianos estão no grupo de 34 pessoas com mais de US$ 1 bilhão que dão continuidade a negócios familiares para manutenção do patrimônio. Em agosto de 2021, Goiás foi apontado como o 7º na lista dos Estados com mais bilionários do Brasil. No País, o mais rico entre os ricos é o empresário Jorge Paulo Lemann, com US$ 15,4 bilhões, e a vice-liderança está com o cofundador do Facebook, Eduardo Saverin, com US$ 10,6 bilhões, de acordo com a lista da Forbes.