Mensal, involuntário e desconfortável. A menstruação faz parte da vida de todas as mulheres em idade reprodutiva, porém ainda é cercada de tabu. A vergonha e as limitações financeiras para conviver com os episódios de sangramento naturais durante dias afasta muitas delas de escola ou trabalho.
A disponibilização de absorventes higiênicos descartáveis por parte dos governos tem se tornado uma reivindicação atendida em algumas localidades brasileiras, como em Goiás. O item será distribuído por alguns órgãos estaduais, que começaram a entrega em dezembro do ano passado.
Durante dois anos, cerca de 146 mil mulheres estudantes da rede pública, adolescentes em cumprimento de medida de privação de liberdade, privadas de liberdade em cumprimento de pena nos regimes fechado e semiaberto do Sistema Prisional Goiano, em situação de rua e em situação de extrema pobreza e de pobreza receberão mensalmente o produto.
As contempladas do programa devem estar no banco de dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e do Sistema de Gestão Escolar da Secretaria de Estado de Educação – SIGE.
No Brasil, aproximadamente 713 mil meninas vivem na chamada pobreza menstrual, ou seja, sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Os dados são do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).