Saída de Juscelino Filho destrava negociações entre Palácio do Planalto e partidos de centro para rearranjo ministerial.

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A saída de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações destravou as negociações entre o Palácio do Planalto e os partidos de centro para trocas em outros ministérios. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, discute as mudanças com dois partidos: o União Brasil, sigla de Juscelino, e o PSD.

O rearranjo pode modificar os ministérios chefiados pelo União e abrir caminho para o PSD ocupar o Ministério do Turismo, desejo antigo da bancada do partido na Câmara. Na noite desta terça-feira (8), o líder do PSD na Câmara, deputado federal Antônio Brito (BA), se encontrou com Gleisi no Planalto.

Juscelino deixou o governo após a Procuradoria Geral da República oferecer denúncia contra ele por supostos desvios na execução de emendas na cidade de Vitorino Freire, no interior do Maranhão. Os repasses foram feitos quando Juscelino era deputado federal. Ele nega todas as irregularidades.

A saída de Juscelino foi tratada num almoço nesta terça-feira (7) entre Gleisi e os principais caciques do União Brasil. O encontro ocorreu na casa do presidente do partido, Antônio Rueda, em Brasília.

O líder do União na Câmara, deputado Pedro Lucas (MA), estava no encontro. Ele é o principal cotado para assumir a vaga de Juscelino. O parlamentar também é do Maranhão, mesmo estado de Juscelino.

Estavam na conversa com Gleisi o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), e o ministro do Turismo, Celso Sabino, também do União Brasil.

O encontro na casa de Rueda estava marcado antes da denúncia da PGR vir à tona. O objetivo era tratar da relação entre o partido e o Planalto e discutir os espaços do União no governo.

Com a denúncia, o tema principal da reunião virou a saída de Juscelino. Segundo auxiliares palacianos, o ministro tomou a decisão de se demitir para não constranger o governo e poder preparar sua defesa.

Os deputados do PSD se sentem sub-representados na Esplanada dos Ministérios. Coube aos parlamentares da sigla a indicação do ministro da Pesca, André de Paula. A avaliação da bancada é que o ministério tem pouco peso e orçamento muito reduzido.

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