Entre o final de 2024 e o início de 2025, um levantamento revelou que mais de 2 mil presos que receberam o benefício da saidinha de Natal não retornaram aos presídios brasileiros.
Dos 48.179 detentos beneficiados em 14 estados e no Distrito Federal, 2.084 permanecem fora das unidades prisionais, o que equivale a 4,3% do total. O Estado do Rio de Janeiro apresentou a maior proporção de evasões.
Dos 1.494 presos liberados, 260 (aproximadamente 14%) não voltaram. Em números absolutos, São Paulo lidera, com 1.334 detentos que não retornaram dentro do prazo estipulado. No Espírito Santo, 43 dos 2.542 presos autorizados a sair não voltaram, o que equivale a 1,7%.
Como funciona
As liberações ocorreram de forma escalonada, conforme previsto pela legislação. Em Sergipe, dos 757 detentos que receberam autorização para a saída de Natal, 49 não retornaram, representando 6,5% do total. As saídas foram permitidas nos dias 27 e 28 de dezembro, e o retorno deveria ocorrer nos dias 2 e 3 de janeiro.
Santa Catarina permitiu a saída de 1.773 presos. Entre esses, 35 não retornaram, mas 11 foram recapturados. A medida busca equilibrar a reintegração social e o controle penitenciário.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais ainda não se pronunciou sobre os dados. Enquanto isso, estados como São Paulo e Paraná relatam medidas de controle, incluindo o uso de tornozeleiras eletrônicas e a recaptura de foragidos.
Em contrapartida, Amazonas e Goiás apontam a substituição da saidinha por monitoramento eletrônico.