Saidinha de Natal: mais de 2 mil presos não retornam às cadeias em benefício temporário

Saidinha de Natal: mais de 2 mil presos não voltaram para DE cadeias

Quatorze estados e o Distrito Federal concederam benefício da saidinha de Natal a 48,2 mil pessoas. Cerca de 4,3% não retornaram

Mais de dois mil presos que tiveram direito à saidinha de Natal, entre o fim de 2024 e o início de 2025, não retornaram aos presídios brasileiros, revela levantamento da coluna.

No total, 48.179 presos de 14 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pará, Amapá, Roraima, Sergipe, Ceará, Paraíba e Piauí) e do Distrito Federal tiveram direito ao benefício. Desses, 2.084 não retornaram, o equivalente a 4,3%.

Proporcionalmente, o Rio de Janeiro foi o estado que registrou a maior taxa de detentos que não retornaram. Dos 1.494 beneficiados, 260 (cerca de 14%) estão foragidos. Já em números absolutos, São Paulo lidera o ranking, com 1.334 “fujões”.

Seis estados (Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins) informaram que não concederam a saída temporária. Outros cinco (Alagoas, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte e Rondônia) não responderam e Minas Gerais informou não ter compilado os dados ainda. A coluna procurou todas as unidades federativas há uma semana.

A saidinha é concedida apenas a detentos que estejam no regime semiaberto (ou seja, que trabalham de dia e dormem na cadeia), que possuam bom comportamento e que tenham cumprido parte da pena (1/6 para réus que estão cumprindo a primeira condenação, e 1/4 para reincidentes). Também não podem ter praticado faltas graves no último ano. A decisão é tomada pela Justiça, e o direito está previsto na Lei de Execuções Penais.

Quando o preso não retorna à unidade prisional, após a saída temporária, ele é considerado foragido. Em regra, o detento perde o benefício do regime semiaberto. Sendo recapturado, portanto, volta ao regime fechado. Essa mudança de regime é determinada pela Justiça.

O QUE DIZEM ESPECIALISTAS SOBRE A SAIDINHA DE NATAL

A advogada Sofia Fromer, coordenadora do Justa, centro de pesquisa sobre políticas judiciais, avalia que a taxa de 4,3% de não retorno segue o nível de anos anteriores, considerada por ela como “baixa”, e destaca que o Estado precisa pensar em caminhos de ressocialização.

“Prisão não é para sempre”, afirma, em conversa com a coluna. “Então, é importante que nesse momento essa pessoa tenha contato com a família dela, com a cidade, com outros ambientes que não a prisão”, acrescenta Fromer.

A especialista ressalta ainda que o país precisa inverter o funil de investimento em políticas de execução penal. “Gastamos muito para prender e para manter as pessoas presas, e pouco para pensar em políticas para essas pessoas que saem do sistema prisional. E entra justamente nesse eixo as saídas temporárias, de pensar em como essas pessoas podem se reestruturarem e criarem novos caminhos depois da prisão”, afirma.

Para o presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), órgão consultivo e regulador do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Douglas de Melo Martins, é fundamental que os Estados preparem e orientem os presos sobre as consequências do não retorno.

“Ao invés de restringirmos a saída, temos que preparar melhor as pessoas para a saída. Isso é algo importante”, endossa. “Via de regra, o preso não tem um nível cultural ou de formação elevado. Não pode acontecer de a pessoa receber o alvará e ir embora”, explica.

Martins também falou sobre a importância de combater o crime organizado e facções dentro dos presídios, uma vez que detentos não voltam ao sistema prisional devido a ameaças, segundo ele.

Procurada para comentar o levantamento da coluna, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do MJSP, não se manifestou.

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Homem morre ao tentar estuprar vaca e levar coice: camisinha encontrada no pênis

Homem tenta estuprar vaca, leva coice e morre com camisinha no pênis

Indivíduo foi encontrado pelos colegas caído ao lado do animal, com uma
camisinha colocada no pênis, já sem os batimentos cardíacos

Um homem de 45 anos morreu após tentar estuprar uma vaca em uma fazenda
localizada no núcleo rural Laje da Jibóia, em Samambaia, nessa quarta-feira (8/1). A 32ª
Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) investiga o caso.

Ele trabalhava e morava na referida fazenda. Um colega de trabalho contou à
Polícia Civil (PCDF) que, na terça-feira (7/1),
ambos passaram o dia juntos ingerindo bebida alcoólica. Na manhã seguinte, por
volta das 5h, esse colega percebeu que o amigo já havia se levantado para tirar
leite das duas vacas leiteiras que ficam na fazenda.

O trabalhador rural morto chegou a levar leite colhido para o patrão e tomar
café da manhã com ele antes de voltar ao curral para pegar mais leite das vacas.
Ele demorou a voltar da ordenha, o que chamou a atenção dos colegas.

PRESERVATIVO

A testemunha disse que, naquele momento, decidiu ver o que havia acontecido e,
por volta das 6h35, encontrou o parceiro caído inconsciente ao lado de uma das
vacas.

Ao afastar o corpo do colega, viu que havia uma camisinha no pênis dele, além
de uma embalagem de preservativo ao lado, supondo, assim, que, antes de
morrer, ele havia tentado estuprar uma das vacas e tomado um coice do animal.

O produtor rural encontrou o colega desacordado, sem batimentos cardíacos, com
os olhos semiabertos e uma secreção esverdeada saindo do nariz.

Os moradores da fazenda ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu-DF). Os médicos tentaram reanimar o fazendeiro, mas, após cerca de uma
hora, o óbito foi constatado.

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