Salles diz, em entrevista, que Moro é ”comunista” e ”a favor das drogas”

Salles diz em entrevista

O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta quarta-feira (24) que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro é comunista, favorável a drogas e ”traíra”. Salles afirmou que tirou essas conclusões com a convivência que teve com o colega durante seu mandado no governo Bolsonaro por cerca de um ano e meio, até Moro pedir demissão em abril de 2020.

“O cara (Sergio Moro) aceitou ser político, aceitou ser ministro do Bolsonaro, sabendo que não tinha nada a ver com o governo. Que ele é de esquerda, é contra as armas, a favor de drogas, tem uma visão… O Moro é comunista, lógico que é comunista”, disse Salles para a Jovem Pan.

Ao ser questionado da afirmação, emendou: “Vai dizer que o Moro não é de esquerda? O Moro é centro-esquerda, é um tucano”.

Salles é pré-candidato ao Podemos ao Planalto a uma ”política da dissimulação, da traição”. Em outro trecho da entrevista, o ex-ministro do Meio Ambiente afirmou: “Só foi para o governo que ele já sabia que não era o que ele pensava só para virar ministro do Supremo. Só que como diz o Chapolin, ‘não contavam com a minha astúcia’, e o Bolsonaro não botou ele no Supremo”.

“Esse é o Moro que eu conheci, que foi meu colega no ministério. Conheci o Moro um ano e meio sendo ministro com ele”, justificou. Salles comandou o Ministério do Meio Ambiente até junho, depois de ser alvo da Polícia Federal.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp