Samir Xaud é o 8º presidente da CBF e se torna o mais jovem a chegar ao cargo. Com apoio de federações e rejeição de clubes, o médico tinha sido eleito na federação de Roraima, onde o pai foi dirigente por mais de 40 anos. A seleção critica o modelo de eleição da CBF: “Agora é hora de rever. Não pode ser dessa maneira”.
Samir de Araújo Xaud, até duas semanas atrás era um aspirante a político do esporte desconhecido no cenário nacional. Hoje, no domingo de eleição na CBF, é eleito o presidente mais jovem da história da entidade máxima do futebol brasileiro, aos 41 anos. Com a chapa “Futebol para todos – Transparência, Inclusão e Modernização”, Samir é o 8º presidente eleito da CBF desde 1979 – antes, na era da Confederação Brasileira de Desporto, houve outros 14 presidentes.
Samir é nascido em Boa Vista, em Roraima, tem 41 anos e é médico de formação. Será a primeira experiência de liderança administrativa no futebol. O pai Zeca Xaud é presidente da Federação Roraimense de Futebol desde 1975 e foi reeleito em 2023. Samir precisa pedir licença para assumir a presidência da CBF e não acumular os cargos.
A eleição foi realizada neste domingo na sede da CBF sob protesto de clubes, que assinaram carta cobrando mudanças no processo eleitoral. Em 24 de março, Ednaldo havia sido reeleito para a presidência da CBF, mas foi destituído no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Samir tem procurado os clubes e prometido atendê-los quando sentar na cadeira da presidência, sendo favorável à criação da liga no futebol brasileiro e investimento na arbitragem.
Eleito neste domingo, Samir teve vida pública como secretário de saúde em Roraima e enfrentou algumas denúncias nos últimos anos. A CBF afirmou que a contratação de sua clínica médica se deu por pedido da Comissão Médica da entidade. Samir também responde a ação judicial movida pelo Ministério Público de Roraima.
Samir Xaud se torna o mais jovem a presidir a CBF desde 1979, sucedendo Ednaldo Rodrigues. Com a promessa de trazer inovações e transparência, Samir enfrenta desafios e críticas enquanto assume o cargo. Acompanhado por oito vice-presidentes, ele terá a missão de liderar o futebol brasileiro em um momento de transição e mudanças.