Sancionada lei que torna doces de Nerópolis patrimônio cultural e imaterial de Goiás

Os famosos doces produzidos em Nerópolis, cidade na região metropolitana de Goiânia, agora são oficialmente considerados patrimônio cultural e imaterial do estado de Goiás. A medida foi sancionada através da promulgação da Lei Estadual nº 22.203, um projeto originalmente proposto pelo deputado Coronel Adailton (Solidariedade). O texto reconhece os doces artesanais como um tesouro cultural que não apenas é uma iguaria deliciosa, mas também contribui para a economia local e preserva a tradição da região.

O deputado Coronel Adailton enfatiza que esta decisão não apenas reconhece a importância dos doces para a identidade goiana, mas também homenageia a história da cidade. Ele lembra que quando a Fábrica de Doces Nerópolis foi fundada em 1966, a cidade era conhecida principalmente como a “terra do alho”. No entanto, à medida que os doces ganharam popularidade, uma série de empreendedores locais também passaram a investir na produção dessas iguarias, contribuindo para a diversificação econômica da região.

A justificativa apresentada pelo parlamentar ressalta a relevância histórica e cultural dos doces de Nerópolis para o povo goiano. Ele cita o artigo 215 da Constituição Federal, que destaca o compromisso do estado em garantir o pleno exercício dos direitos culturais, bem como o acesso às manifestações culturais do país. Reconhecendo a importância dos doces como um elo entre a tradição e a modernidade, a nova legislação visa apoiar e incentivar a valorização dessas manifestações culturais que enriquecem o patrimônio imaterial do estado de Goiás.

Este reconhecimento oficial não apenas preserva a herança cultural de Nerópolis, mas também destaca a importância de valorizar e promover as expressões culturais que enriquecem a diversidade e identidade do povo goiano. A partir de agora, os doces de Nerópolis ocupam um lugar especial no patrimônio imaterial do estado de Goiás, refletindo a conexão profunda entre tradição, gastronomia e história.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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