Sanções impostas à Rússia, vão obrigar Europa a comprar gás mais caro dos EUA, denuncia Lavrov

RT  Washington teve sucesso onde os ditadores do passado que conquistaram a Europa falharam, como evidenciado por sua capacidade de dobrar as políticas dos governos europeus à sua vontade, alegou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

“Não posso deixar de fazer essas comparações. No passado, Napoleão e Hitler tinham o objetivo de subjugar a Europa. Agora os americanos a subjugaram” , comentou.

Como exemplo de Washington decidindo “o que é melhor” para a Europa, Lavrov mencionou a longa campanha americana para torpedear o gasoduto Nord Stream 2. Berlim suspendeu a certificação do projeto totalmente concluído como parte das sanções anti-russas pelo ataque de Moscou à Ucrânia.

Washington vem tentando interromper o projeto há anos, alegando que ele prejudicou a segurança energética europeia e sugerindo que as entregas de gás natural liquefeito americano eram uma opção mais preferível, apesar de seu preço mais alto, destacou o ministro russo.

“A União Europeia tem mostrado o seu lugar. A história do Nord Stream 2 mostrou perfeitamente o lugar real que a UE tem no cenário mundial”, afirmou Lavrov.

Lavrov falava em meio à pior escalada de tensões entre a Rússia e as nações ocidentais que o mundo viu em décadas. Moscou lançou uma ofensiva contra a Ucrânia na semana passada, chamando-a de passo necessário para expulsar a Otan de seu vizinho e garantir a segurança nacional russa.

Os EUA e seus aliados chamaram a invasão de um ato de agressão não provocado e impuseram duras sanções, que visam paralisar a economia russa. Os europeus devem pagar um preço pelas sanções, com o aumento dos custos de energia elevando a inflação, prevêem autoridades da UE.

O principal diplomata russo observou que a narrativa ocidental sobre o conflito se assemelhava a um filme de Hollywood sobre uma batalha épica do bem absoluto contra o mal absoluto, com a parte do bem “incorporada no personagem, que também é o roteirista”.

Lavrov falava em meio à pior escalada de tensões entre a Rússia e as nações ocidentais que o mundo viu em décadas. Moscou lançou uma ofensiva contra a Ucrânia na semana passada, chamando-a de passo necessário para expulsar a Otan de seu vizinho e garantir a segurança nacional russa.

Retaliação

Os EUA e seus aliados chamaram a invasão de um ato de agressão não provocado e impuseram duras sanções, que visam paralisar a economia russa. Os europeus devem pagar um preço pelas sanções, com o aumento dos custos de energia elevando a inflação, prevêem autoridades da UE.

O principal diplomata russo observou que a narrativa ocidental sobre o conflito se assemelhava a um filme de Hollywood sobre uma batalha épica do bem absoluto contra o mal absoluto, com a parte do bem “incorporada no personagem, que também é o roteirista”.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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