Sandro Mabel apresenta reforma administrativa para Goiânia

O prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil) e sua equipe propõem uma abrangente reforma administrativa que, embora mantenha a macroestrutura organizacional vigente, introduz alterações pontuais com o intuito de dinamizar e potencializar as políticas públicas prioritárias na capital. Mabel enfatiza que tais mudanças são cruciais para a implementação do modelo de gestão que planeja implantar na cidade. “Estas são as etapas iniciais para que Goiânia já experimente o impactante choque de gestão que pretendemos aplicar em nossa administração”, assevera o gestor.

De acordo com o projeto apresentado, as áreas de Saúde, Educação, Governo, Procuradoria, Controladoria, Administração, Comunicação, Infraestrutura, Cultura e Meio Ambiente permanecerão inalteradas em sua estrutura organizacional, porém receberão o novo conceito de gestão administrativa pautado no alcance de resultados efetivos.

Dentre as principais mudanças propostas, destacam-se:

  • A Secretaria de Finanças passará a ser denominada Secretaria Municipal da Fazenda, assumindo um papel mais abrangente relacionado às diretrizes nacionais e à condução da política econômica municipal.
  • A Secretaria de Mobilidade será transformada em Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito, com foco técnico e operacional na gestão da mobilidade e do trânsito na cidade.
  • A Agência Municipal de Turismo Eventos e Lazer (Agetul) será renomeada como Agência Municipal de Turismo e Evento – GOIANIATUR, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do setor turístico na capital.
  • A Secretaria de Esporte incorporará a política de lazer, passando a ser intitulada Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
  • O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) será integrado à estrutura da Procuradoria Geral do Município.
  • A Secretaria de Desenvolvimento Econômico se transformará na Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com foco na atração de empresas e na implementação de políticas de fomento à economia local.

Outras mudanças relevantes incluem a fusão das Secretarias Municipais de Políticas para as Mulheres, Direitos Humanos e Políticas Afirmativas e Desenvolvimento Humano e Social, dando origem à nova Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos, com o objetivo de integrar as ações e políticas sociais.

Além disso, a Secretaria Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sictec) assumirá o novo nome de Secretaria Municipal de Inovação e Transformação Digital, desempenhando um papel fundamental na integração sistêmica e na modernização de processos. Será também criada a Secretaria Municipal da Casa Civil, responsável por atos administrativos, formulação de procedimentos, leis e normativos.

A reforma ainda prevê a criação da Secretaria Municipal de Articulação Institucional e Captação, voltada à captação de recursos e investimentos, bem como da Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias, responsável pela política de gestão administrativa dos equipamentos especiais, atração de investimentos e parcerias público-privadas.

Por fim, a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação será reconfigurada, dando origem à Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo Estratégico, Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária, e Secretaria Municipal de Licenciamento e Fiscalização, visando a uma aplicação mais eficaz das políticas públicas de Habitação, Planejamento Urbano, Licenciamento e Fiscalização.

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MS alerta sobre ressurgimento do sorotipo 3 da dengue

O Brasil está enfrentando um aumento preocupante no registro de casos do sorotipo 3 da dengue, especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Essa ampliação foi observada principalmente nas últimas quatro semanas de dezembro de 2024, um período que tem alarmado as autoridades sanitárias do país.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o sorotipo 1 da dengue foi o mais predominante em 2024, identificado em 73,4% das amostras que testaram positivo para a doença. No entanto, estamos vendo uma mudança significativa para o sorotipo 3, como destacou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, durante uma coletiva de imprensa recente.

O sorotipo 3 não circula no Brasil desde 2008, o que significa que grande parte da população está suscetível a essa variante do vírus. “Temos 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade. Então, temos muitas pessoas suscetíveis, que não entraram em contato com esse sorotipo e podem ter a doença”, explicou Ethel Maciel.

Monitoramento e prevenção

Diante desse cenário alarmante, o Centro de Operações de Emergência (COE) está intensificando o monitoramento da circulação desses vírus. Uma projeção baseada nos padrões registrados em 2023 e 2024 indica que a maior parte dos casos de dengue esperados para 2025 deve ser contabilizada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Nessas localidades, é esperada uma incidência acima do que foi registrado ao longo do ano passado.

O efeito do El Niño e as altas temperaturas, combinados com extremos de temperatura e a seca, contribuem para a proliferação de mosquitos, principais vetores da dengue. “Também temos o problema da seca, que faz com que as pessoas armazenem água, muitas vezes, em locais inadequados. E isso também faz com que a proliferação de mosquitos possa acontecer”, explicou Ethel Maciel.

Outras doenças vetoriais

Além da dengue, outras doenças vetoriais também estão sendo monitoradas. Nas últimas quatro semanas de 2024, 82% do total de casos prováveis de Zika identificados no país se concentraram no Espírito Santo, Tocantins e Acre. Já para a Chikungunya, 76,3% dos 3.563 casos prováveis identificados se concentraram em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Os estados se repetem, alguns deles, para dengue, Zika e Chikungunya, destacou a secretária, evidenciando a necessidade de uma abordagem integrada na prevenção e controle dessas doenças.

A febre do Oropouche também apresentou um aumento significativo, com 471 casos identificados na primeira semana de 2024 e 98 casos na primeira semana de 2025. A maior concentração de casos está no Espírito Santo, com casos importados em outros estados como Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul.

Diante desses dados alarmantes, é crucial que a população adote medidas de prevenção, como eliminar locais de reprodução do mosquito Aedes aegypti e manter hábitos de higiene e vigilância sanitária.

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