Santa Rosa de Viterbo usa tecnologia para mapear focos e combater dengue: veja como

Santa Rosa de Viterbo usa tecnologia para mapear focos do Aedes aegypti e
combater dengue

Quase 100 armadilhas foram colocadas em pontos estratégicos e permitem
direcionar ações de controle de vetores da prefeitura. Cidade registrou 45 casos
da doença nos primeiros dias de 2025.

Santa Rosa de Viterbo, SP, usa armadilha para descobrir onde está mosquito da
dengue [https://s02.video.glbimg.com/x240/13274245.jpg]

O ano de 2025 começou com um cenário preocupante em relação à dengue para
diversas cidades do interior de São Paulo. Em Santa Rosa de Viterbo (SP),
345 casos da doença foram confirmados ao longo de 2024. Já nas primeiras semanas
de 2025, são 45 moradores infectados.

Por causa de um possível aumento no número de doentes, a prefeitura tem
investido em tecnologia para reforçar o combate ao Aedes aegypti, mosquito
transmissor da doença.

O município utiliza armadilhas que atraem os mosquitos com um composto químico e
os captura em cartões adesivos dentro do dispositivo. Os insetos pegos são
enviados para análise laboratorial, que identifica a presença do vírus, o
sorotipo e, eventualmente, outras doenças transmitidas, como zika e chikungunya.

No total, 96 armadilhas foram instaladas em pontos estratégicos da cidade.

Mapeamento em verde significa áreas com menos presença da dengue e áreas
em vermelho onde o vírus circula com maior intensidade — Foto: Reprodução/EPTV

Os dados coletados são processados em um sistema que mapeia as áreas de maior
incidência, permitindo que o poder público direcione ações como nebulização,
limpeza de terrenos, remoção de criadouros e conscientização da população.

Segundo o diretor de Saúde de Santa Rosa de Viterbo, André Salomão Salomen
Nader, a iniciativa torna o combate mais eficiente.

A estratégia, adotada em Santa Rosa desde 2023, é fruto de uma parceria entre a
prefeitura, a empresa Ecovec e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Outras cidades, como Porto Alegre (RS), Santos (SP) e Araraquara (SP) também
utilizam a mesma tecnologia.

TECNOLOGIA NÃO DISPENSA APOIO DA POPULAÇÃO

Apesar da eficácia do sistema, o combate ao mosquito Aedes aegypti depende da
colaboração da população. A eliminação de criadouros continua sendo essencial
para reduzir a transmissão de doenças.

“Precisamos, principalmente, do apoio da população para que possamos ter
sucesso: limpar os quintais, eliminar criadouros e observar. Não vamos ter
sucesso sozinhos. As chuvas aumentam os criadouros do mosquito, e, aliado ao
calor, eles se desenvolvem mais rapidamente, aumentando o número de mosquitos”,
afirma o diretor.

A preocupação em 2025 é ainda maior devido à circulação do sorotipo 3 do vírus,
para o qual parte da população não possui imunidade.

Limpeza de criadouros ainda é a principal forma de combate à dengue —
Foto: Reprodução/EPTV

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