Santo Antônio: Advogada é presa suspeita de roubar carro apreendido pela Justiça

Uma advogada, de 39 anos, e o estágio dela foram presos na quarta-feira (8), suspeitos de roubar um veículo que tinha sido apreendido pela Justiça e levado ao fórum de Santo Antônio do Descoberto, no entorno do Distrito Federal. Eles foram soltos após uma audiência de custódia realizada na quinta-feira (9).

De acordo com o boletim de ocorrência, o carro havia sido preso sob um mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça por causa de um financiamento bancário. A oficial de Justiça afirma que cumpriu o mandando na casa da dona do veículo e depois o levou até o fórum.

Segundo a Polícia Civil, a dona do veículo deixou que a oficial o levasse e ligou para a advogada para relatar a apreensão. Conforme a ocorrência, a advogada e o estagiário chegaram no fórum pedindo para entrar no local e falar com o juiz sobre a apreensão do carro.

Os dois foram recebidos pelo segurança, que não permitiu a entrada e disse que procuraria alguém para conversar com eles. Porém, a advogada e o estagiário teriam entrado no pátio e, com a chave reserva, o rapaz ligou o carro e saiu. O segurança tentou entrar na frente do veículo para impedir que ele fosse levado. O carro foi localizado pela Polícia Militar pouco tempo depois, sendo guiado pelo estagiário.

Durante o depoimento, o estagiário decidiu ficar calado. Já advogada contou que decidiu buscar carro pois entendeu que o mandado não foi cumprido de forma legal.

O segurança do local contou que, enquanto tentava impedir que o carro fosse levado, ele foi agredido pela advogada com tapas nas costas e arranhões nos braços. A mulher desmentiu o segurança e contou que apenas o puxou pois também havia sido puxada por ele. Além disso, segundo ela, o segurança a trancou dentro do fórum

Em depoimento, a dona do carro contou que foi até o fórum a pedido da advogada e viu o estagiário sair com o veículo enquanto a advogada empurrava o segurança que impedia o carro de sair.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp