São José dos Campos e Taubaté registram queda no número de nascimentos; veja motivos que explicam baixa
Fatores como questões financeiras e mudanças no papel da mulher na sociedade explicam novo cenário. Em São José, a queda foi de 9% nos últimos quatro anos. Já em Taubaté, a diminuição no mesmo período é ainda maior: 12%.
Cidades mais populosas da região do Vale do Paraíba, São José dos Campos e Taubaté vêm registrando queda no número de nascimentos ano após ano.
A pedido do DE, a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) levantou dados que mostram que a diminuição de registros acontece pelo menos desde 2021.
Ano Números de nascimentos em DE Número de nascimentos em Taubaté 2021 8.995 3.728 2022 8.642 3.457 2023 8.645 3.479 2024 8.127 3.274 2025 (até maio) 3.188 1.358
Fonte: Arpen-SP
Fatores como questões financeiras e mudanças no papel da mulher na sociedade explicam novo cenário – leia mais abaixo.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Em São José dos Campos, a queda foi de 9% nos últimos quatro anos – 8.995 nascimentos em 2021 para 8.127 nascimentos em 2024.
A única exceção na lista é de 2022 para 2023, quando a cidade registrou um pequeno aumento de três nascimentos.
De 2023 para 2024, o número já voltou a cair: 5,9% de queda, caindo de 8.645 nascimento para 8.127.
Até o fim de maio deste ano, São José registrou 3.188 novos nascimentos.
TAUBATÉ
Já em Taubaté, a diminuição nos últimos quatro anos é ainda maior: 12%. – 3.728 nascimentos em 2021 para 3.274 em 2024.
A cidade teve uma pequena alta de 2022 para 2023, mas o número voltou a cair em 2024.
Até o fim de maio deste ano, Taubaté registrou 1.358 novos nascimentos.
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QUAIS SÃO OS MOTIVOS DA QUEDA?
Segundo o diretor regional da Arpen no Vale do Paraíba, Marcello Verderamo, a queda de nascimentos nas duas principais cidades do Vale do Paraíba segue uma tendência nacional.
Um dos motivos dessa tendência é uma mudança no comportamento das mulheres em relação ao que acontecia anos atrás.
> “Hoje em dia boa parte das mulheres tem uma vida muito mais dinâmica por dar preferência à profissão. A maioria das mulheres prefere se estabelecer na carreira antes de ter filhos para evitar conciliar um momento de crescimento profissional com os cuidados com os filhos”, afirmou Verderamo.
“Atualmente, também temos um acesso muito mais fácil à informação. Então, as pessoas conhecem mais métodos contraceptivos, o que obviamente diminui os nascimentos”, disse.
De acordo com Verderamo, o número decrescente de nascimentos também tem relação com os custos maiores para se construir uma família.
“O perfil do brasileiro hoje é diferente de antigamente. As pessoas têm uma vida muito mais urbana, muito mais na cidade, que é mais cara do que a vida no meio rural. Isso é uma mudança cultural, que em muitos casos acontece até para priorizar a qualidade de vida dos filhos. Mas, pelo fato da vida na cidade ser mais desenvolvida e mais cara, o número de filhos diminui”, avaliou.
Outro fator que contribui com a queda é o envelhecimento da população. Nos últimos anos, os idosos deixaram de ser a menor fatia da população brasileira e, daqui a duas décadas, vão ser a maior dela, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para Verderamo, isso também faz com que a queda de nascimentos continue acontecendo ao longo dos próximos anos.
> “Não vamos fugir disso. É uma tendência mundial, que também vemos no Brasil e que já vinha antes da pandemia”, concluiu.
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Esse novo conteúdo otimizado para SEO sobre a queda no número de nascimentos em São José dos Campos e Taubaté apresenta uma análise detalhada dos motivos que explicam essa baixa. Através de dados fornecidos pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), é possível entender a tendência de diminuição de registros que vem ocorrendo desde 2021. Fatores como questões financeiras, mudanças no papel da mulher na sociedade e acesso facilitado à informação sobre métodos contraceptivos são apontados como motivos para a queda no número de nascimentos. Além disso, o aumento dos custos para criar uma família e o envelhecimento da população também são citados como contribuintes para essa tendência. A análise do diretor regional da Arpen no Vale do Paraíba, Marcello Verderamo, evidencia a mudança no comportamento das mulheres e as consequências disso na taxa de natalidade. A reflexão sobre o cenário atual da reprodução humana no Brasil e no mundo traz à tona uma discussão relevante acerca das transformações sociais e culturais que impactam diretamente a formação de famílias.