O estado de São Paulo confirmou 18 casos de intoxicação por metanol no balanço divulgado pelo governo nesta terça-feira (7). Há 158 sendo investigados e 38 casos foram descartados. O surto de intoxicações aconteceu entre 2016 e 2023, marcando um dos maiores registros dos últimos anos.
Os dados oficiais apontam para 18 casos confirmados, com laudo que atesta a presença de metanol e circunstâncias que indicam a ingestão de bebida adulterada. Além disso, há 158 casos em investigação, com indícios clínicos, aguardando laudo para confirmar a presença da substância e entendimento das circunstâncias da ingestão.
No total, são 10 mortes relacionadas à intoxicação por metanol, com 3 óbitos já confirmados por laudo e ingestão de bebida adulterada e mais 7 em fase de investigação. Em relação aos casos descartados, 85 foram após análise clínica detalhada.
A força-tarefa do governo de São Paulo apreendeu mais de 100 mil vasilhames vazios em um galpão clandestino na Vila Formosa, Zona Leste da cidade, como parte das ações para investigar a origem e distribuição das bebidas adulteradas.
Foram realizadas interdições em bares e distribuidoras, com 18 estabelecimentos fiscalizados e 11 interditados por questões sanitárias. Seis distribuidoras e dois bares tiveram sua inscrição estadual suspensa de forma preventiva.
A Polícia Civil de São Paulo trabalha em duas frentes principais de investigação sobre as bebidas adulteradas com metanol, incluindo a possibilidade de contaminação através da higienização de garrafas reaproveitadas ou adição intencional do metanol para aumentar o volume de bebidas falsificadas.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mencionou a possibilidade de origem do metanol em tanques de combustível abandonados durante uma megaoperação contra o crime organizado, destacando a importância da investigação minuciosa para solucionar o caso e garantir a segurança da população.