São Paulo paga multa de R$ 100 mil por cânticos homofóbicos no clássico contra o Corinthians: compromisso com a inclusão e respeito.

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O São Paulo anunciou nesta quarta-feira que fechou um acordo para o pagamento de R$ 100 mil ao STJD pela denúncia de cantos homofóbicos no clássico contra o Corinthians, no Brasileirão. O clube fez um post nas redes sociais conscientizando a torcida contra práticas discriminatórias. A denúncia aconteceu por causa de músicas entoadas nas arquibancadas do Morumbi durante o clássico contra o Corinthians, em 19 de julho, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“O São Paulo Futebol Clube informa que formalizou, junto à Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), transação disciplinar no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), em razão de supostos cânticos de teor homofóbico entoados por parte da torcida durante a partida contra o Corinthians, no Morumbi. O Clube reitera seu compromisso com o respeito, a diversidade e a inclusão no esporte, reforçando que manifestações discriminatórias de qualquer natureza não representam os valores da instituição nem de sua imensa torcida. O São Paulo FC alerta que episódios dessa natureza podem gerar punições desportivas mais severas, incluindo perda de mando de campo e outras sanções previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.”

Embora a súmula do clássico não tenha apresentado qualquer referência ao episódio, o Corinthians apresentou uma Notícia de Infração para denunciar “manifestações homofóbicas vindas da torcida mandante”. O São Paulo, então, foi enquadrado em dois artigos: no 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e no 135 do RGC (Regulamento Geral de Competições). O artigo 243-G prevê a penalização para atos discriminatórios relacionados ao preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, com multa de R$ 100 a R$ 100 mil.

O artigo 135 considera de extrema gravidade a infração discriminatória praticada por dirigentes, representantes e profissionais dos clubes, atletas, técnicos, membros de Comissão Técnica, torcedores e equipes de arbitragem em competições organizadas e coordenadas pela CBF. Ele prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil para aqueles que injuriarem alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia, procedência nacional ou social, entre outros. O São Paulo reforçou seu compromisso com a inclusão e o respeito, prometendo educação e conscientização contínuas para manter o estádio como um ambiente livre de preconceitos.

Em meio a esse episódio, o São Paulo também lidou com desfalques em sua equipe. Lucas Moura foi alvo de destaque, e o clube teve que se adaptar à ausência do jogador. Bruno Giufrida trouxe os detalhes do desfalque do jogador e as consequências para o time. O futebol deve ser um ambiente plural, acolhedor e sensível às causas sociais, onde todas as pessoas possam celebrar o esporte com paixão e respeito mútuo. O São Paulo seguirá promovendo ações educativas e de conscientização para manter o estádio como um espaço de convivência positiva e livre de qualquer forma de preconceito.

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