Em prisão domiciliar, a ativista Sara Winter, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e principal porta-voz do grupo bolsonarista autodenominado “300 do Brasil”, usou as redes sociais para criticar o governo e o presidente. Em uma longa publicação, Sara diz não reconhecer mais o presidente.
“Não sei mais quem ele (Bolsonaro) é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador”, disse. A ativista disse sentir “inveja” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, por ter ganhado um abraço do presidente. Imagens mostram Bolsonaro abraçando Toffoli durante uma reunião no sábado, 3, com a presença do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para ocupar a vaga de Celso de Mello no Supremo.
Na publicação, Sara afirmou ainda ter sido repreendida pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, pelo tratamento dado pelo grupo “300 do Brasil” com a imprensa. “General Heleno me proibiu de gritar com a imprensa, de mandá-los embora”, comentou. Ela afirmou, ainda, que foi aconselhada “por deputados da base aliada a não falar mais um ‘ai’ do (Rodrigo) Maia ou do STF”.
Sara Winter foi presa em 15 junho por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas. Ela está em recolhimento domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde o fim daquele mês.