Sargento que matou esposa com tiros e 51 facadas dentro de clínica fará exame toxicológico para provar que ela deu calmante à ele
Defesa de Samir Carvalho quer comprovar que Amanda Fernandes deu calmante à ele antes do crime. Mensagens indicam que Amanda comentou com amiga sobre ter medicado o marido sem que ele soubesse.
**Samir Carvalho** matou a esposa Amanda Fernandes dentro de clínica médica em Santos, SP – Foto: Reprodução/Instagram e Daniela Rucio/TV Tribuna
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) aceitou o pedido da defesa do sargento **Samir Carvalho**, acusado de matar a esposa, Amanda Fernandes, para a realização de um exame toxicológico. De acordo com o advogado Paulo de Jesus, que representa o policial militar, o exame vai tentar confirmar se Amanda teria dado um calmante à ele sem que ele soubesse.
O caso ocorreu no dia 7 de maio, dentro de uma clínica localizada na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé, em Santos, no litoral de São Paulo. **Samir** atirou na esposa e na filha de 10 anos. Em seguida, esfaqueou Amanda, que morreu no local. A criança foi socorrida e ficou internada por seis dias.
Mensagens obtidas pelo DE mostram que a vítima disse a uma amiga que havia dado um calmante ao marido no dia anterior ao crime (veja detalhes abaixo).
A defesa informou à equipe de reportagem que o pedido do exame foi feito para tentar esclarecer o estado do sargento no momento dos fatos. Quanto à eventual utilização do resultado no processo, o advogado afirmou que a decisão será tomada ao fim das investigações. Ainda não há prazo definido para a realização do exame.
**Samir Carvalho** matou a esposa Amanda Fernandes em Santos, SP – Foto: Reprodução/Instagram e Daniela Rucio/TV Tribuna
Amanda encaminhou a primeira mensagem para uma amiga às 7h49 do dia do crime. Ela disse que não aguentava mais o companheiro e questionou onde poderia denunciá-lo. A amiga respondeu quase duas horas depois, quando a vítima contou que havia dado calmante a **Samir**.
Amanda Fernandes Carvalho deu calmante para o marido um dia antes de ser morta por ele em Santos (SP) – Foto: Redes sociais
Em seguida, a amiga demonstrou preocupação com o teor da denúncia de Amanda, dizendo que ela não tinha as ameaças por escrito e a vítima disse que não sabia como iria denunciá-lo.
Às 12h10, a amiga se ofereceu para conversar com **Samir**. As amigas combinam da mulher dizer para o sargento que estava preocupada com Amanda, porque não estava conseguindo contato.
Outros parágrafos foram movimentados para preservar a identidade da vítima e manter a qualidade do texto.