Sargento da FAB teria traficado drogas pelo menos sete vezes

O Sargento da Força Aérea Brasileira, Manoel Silva Rodrigues, que foi flagrado em julho de 2019 ao desembarcar na Espanha em um avião de apoio a comitiva do presidente Jair Bolsonaro com 39 quilos de cocaína, teria cometido o tráfico de drogas por pelo menos sete viagens oficiais antes do flagrante. As informações foram divulgadas pelo portal UOL e consta no inquérito da Polícia Federal.

A primeira viagem teria acontecido em março de 2019, do Distrito Federal para São Paulo. De acordo com a PF, Manoel e a esposa, Wilkelane Nonato Rodrigues, estavam passando por dificuldades financeiras e, após essa viagem, a situação teria melhorado. Trocada de mensagens entre o casal dão ainda mais indícios do tráfico. Em uma das viagens, o sargento enviou para a esposa uma foto com um terço enrolado ao pulso. Para o Ministério Público Militar, aquilo queria dizer que ele havia conseguido transporta a droga. Nessa ocasião, ele levou cocaína no avião da FAB durante a missão oficial diplomática ao Azerbaijão, com escalada na Espanha, em abril de 2019.

Após a viagem, Manoel teria comprado uma moto no valor de R$ 32.900 e gastado R$ 26 mil em uma reforma de um apartamento em Taguatinga-DF. As investigações apontam que o sargento recebeu ao menos R$ 100 mil nesta ocasião.

Dentre os voos que a PF tem conhecimento, estão quatro domésticos (São Paulo e Recife) e três internacionais com escalas na Espanha, onde ele teria entregado a droga.

Mais militares estavam envolvidos

De acordo com o Ministério Público Militar, Manoel agia com ao menos outros quatro militares da Aeronáutica. Antes das viagens, o sargento se hospedava em um motel onde recebia as drogas que eram traficadas.

Outro militar envolvido seria o sargento Jorge Luiz da Cruz Silva, que era chamado como ”Flamengo”. Ele e Manoel estavam no mesmo local em 28 de abril, véspera da viagem ao Azerbaijão, e em 24 de junho, um dia antes de uma missão no Japão.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp