O corpo do policial militar que faleceu após ser baleado no Morro do Trem está sendo velado e receberá o último adeus neste sábado. Kelvynton de Oliveira Vale, de 48 anos, foi atingido durante uma ação do 41º BPM, onde servia há 24 anos. A comoção tomou conta de familiares, amigos e colegas de farda que se reuniram em Paciência, Zona Oeste do Rio, para prestar as últimas homenagens ao sargento.

Kelvynton morreu na manhã de sexta-feira, decorrente dos ferimentos causados durante uma operação no Morro do Trem, em Vila Kosmos. Sua história de bravura ficou marcada por um ato heroico ocorrido em abril de 2020, quando salvou um colega ferido durante uma ação na Vila Aliança, carregando-o nas costas até um local seguro. Esse gesto corajoso lhe rendeu uma promoção a sargento, sendo reconhecido como um policial experiente, comprometido e respeitado por todos.

No entanto, mesmo sendo reconhecido por seus atos de coragem, Kelvynton não estava imune aos perigos da profissão. Em dezembro do ano passado, o terceiro-sargento Marco Antônio Matheus Maia acabou sendo baleado por criminosos na Favela do Quitungo, em Brás de Pina, vindo a falecer. O sargento Kelvynton Oliveira Vale, que deixa um filho e seus pais idosos, morava em Santa Cruz, na Zona Oeste, e sempre os manteve próximos.

A Polícia Militar lamentou profundamente a perda do sargento e destacou sua trajetória profissional de dedicação e coragem. Nas redes sociais, sua esposa, Fabiana Valentim de Siqueira, compartilhou a última troca de mensagens com ele antes do fatídico acontecimento. Em um ato de despedida emocionante, ela o chamou de seu super-herói e declarou seu amor eterno, mesmo após o fim.

Kelvynton já havia sido baleado anteriormente e compartilhado sua luta pela recuperação de ferimentos causados por estilhaços de tiros de fuzis. Determinado e corajoso, o sargento afirmava que nada o impediria de continuar servindo e protegendo a sociedade. A Delegacia de Homicídios da Capital segue investigando o caso, em busca de esclarecer as circunstâncias que levaram à morte do policial militar. Sua memória e legado de bravura permanecerão vivos naqueles que o conheceram e admiraram seu trabalho incansável em prol da segurança pública.