Mulher agredida por sargento da PM diz que foi xingada e sofreu lesões: ‘Não passo um dia sem chorar’
Karla Cristina Pereira registrou boletim de ocorrência por lesão corporal e injúria. Sargento Antônio Haroldo Camelo da Silva disse em depoimento que estava nervoso e não lembra da agressão. Corregedoria da PM investiga o caso e militar foi afastado do serviço.
Sargento da Polícia Militar do DF agride mulher durante briga de trânsito.
[Imagem do sargento agride mulher durante briga de trânsito]
Karla Cristina Pereira, mulher agredida pelo sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Antônio Haroldo Camelo da Silva, disse que foi xingada pelo militar e sofreu lesões.
A mulher foi agredida durante uma briga de trânsito em Taguatinga Sul, no dia 20 de maio, por volta das 13h. O momento foi registrado por câmeras de segurança de um prédio. A Polícia Civil (PCDF) investiga o caso.
Karla disse que todos os dias lembra das imagens e tem medo de sair na rua sozinha. Ela expressou sua emoção, dizendo: “Não passo um dia sem chorar sobre o ocorrido. É uma pessoa que devia estar na rua pra defender a gente. Embora eu tenha tido o rompante de dar um soco no carro, foi injusto. Se não fossem os moradores do prédio eu teria apanhado muito mais”, contou Karla.
Segundo o boletim de ocorrência, Karla foi xingada de “maluca” e “idiota”. Ela sofreu escoriações no cotovelo, lesão na cervical e na região mamária.
Karla Cristina foi até a 15ª Delegacia de Polícia e registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal e injúria. O sargento Antônio Haroldo Camelo da Silva, de 56 anos, disse em depoimento que estava nervoso e não lembra da agressão.
Imagens do local mostram que o sargento estacionou na entrada da garagem de um prédio. A mulher atravessou a rua e os dois discutiram. A mulher começou a ir embora, mas voltou e acertou o vidro traseiro do carro do homem, e os dois começaram a se empurrar.
Segundo Karla, a briga começou porque o sargento buzinou enquanto ela aguardava outros veículos passarem. Ela descreveu que ele a xingou com palavras ofensivas. Em sua defesa, o sargento relatou que Karla atacou seu carro e que ele temeu por sua segurança durante o ocorrido.
A Polícia Militar do DF se posicionou sobre o caso, afirmando que as imagens são analisadas e consideradas covardes. A Corregedoria da corporação investigará o ato, afastando o militar do serviço operacional e suspendendo seu porte de arma. A PMDF repudia a violência contra mulheres e está comprometida com a proteção e respeito às mulheres, priorizando o combate à violência de gênero.
Karla Cristina passou por exame de corpo de delito, apresentando lesões em áreas como cotovelo, cervical e mamária. Ela está em tratamento e afastada do trabalho. O caso continua sob investigação pela Polícia Civil, e a vítima aguarda atualizações sobre o processo.
Finalizando, o caso é tratado com seriedade pela PMDF, que garante o respeito às garantias legais e prioriza o devido processo e ampla defesa. A sociedade está atenta a casos como este, buscando justiça e segurança para todos.ConfigureAwait-se no g1 DF para mais informações sobre a região e casos relevantes.