Sarney Filho diz que desmatamento vai cair

Após o anúncio da Noruega de que diminuirá o repasse para o Fundo Amazônia por causa da subida do desmatamento, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse hoje (24) que a expectativa do governo brasileiro é que a curva ascendente da derrubada da floresta seja revertida nos próximos meses.

Em entrevista à imprensa convocada para esclarecer detalhes do corte do governo norueguês, Sarney Filho negou que tenha havido retaliação por parte dos financiadores e disse que o orçamento dos órgãos ambientais estava “completamente defasado” quando o presidente Michel Temer assumiu a Presidência.

“Não houve retaliação por parte da Noruega. O desmatamento que aumentou é fruto da gestão passada, não é fruto da nossa gestão. Quando chegamos, o orçamento desses órgãos estava completamente defasado. Em novembro, o orçamento foi completamente recomposto. As ações começaram a partir de dezembro e, de lá pra cá, estão cada vez mais intensas. Não houve nenhuma falha”, afirmou.

Segundo Sarney Filho, as causas do desmatamento são “complexas” e, para aumentar a fiscalização de irregularidades, a verba destinada ao comando e controle, que envolve ações da Polícia Federal, foi “inteiramente recuperada” nos últimos meses. “A culpa pela falta do orçamento não é do governo Temer”, enfatizou.

Segundo o ministro, a queda no repasse ao Fundo Amazônia se deve às regras do acordo com os noruegueses, segundo as quais os repasses de um ano têm como base os resultados alcançados pelo Brasil na redução do desmatamento no ano anterior.

Com uma média anual de repasses de US$ 110 milhões (R$ 367 milhões), o governo do país europeu anunciou que o pagamento deste ano terá “necessariamente uma redução significativa” e não passará dos US$ 35 milhões (R$ 117 milhões). Atualmente, o fundo possui um saldo de cerca de R$ 1 bilhão, segundo o ministério do Meio Ambiente.

Segundo Sarney Filho, como nem todos os projetos são executados ao mesmo tempo, a redução do aporte neste ano não prejudicará o Fundo Amazônia.

“Nossa expectativa e dados preliminares indicam que a curva ascendente de desmatamento começou a ser revertida. Esperamos que, com essas ações, possamos diminuir e reverter trajetória.” De acordo com o ministro, os dados de desmatamento de janeiro a maio já indicam redução do ritmo de subida do desmate na Amazônia. O calendário oficial desmatamento considera dados medidos de agosto de um ano a julho do ano seguinte e é divulgado oficialmente em novembro.

Fonte: Agência Brasil

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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