Com a chegada do feriado da Semana Santa, o Governo de Goiás alerta pais e responsáveis para o risco de afogamentos de crianças. De 1º de janeiro a 15 de março deste ano, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, recebeu 10 crianças vítimas de afogamento, o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Em 2023, o total de atendimentos a esses casos chegou a 32.
De acordo com o médico pediatra da unidade, Elisio de Castro, o afogamento de crianças ocorre, principalmente, por falta de prevenção. “A falta de supervisão de um adulto é a principal falha. Toda criança até 7 anos deve ser supervisionada, mesmo que saiba nadar. As boias e coletes são importantes, mas não substituem o monitoramento de um adulto”, orienta.
Segundo pediatra, os afogamentos acontecem com mais frequência em locais com água doce e corrente, como rios, represas, lagos e lagoas. Mas acidentes domésticos também podem ocorrer em piscinas, baldes, banheiros e até vasos sanitários. “Um local com pouca água já é suficiente para uma criança se afogar. E tudo ocorre muito rápido, em questão de segundos que os pais ou responsáveis se distraem ou vão para outro cômodo da casa”, conta.
Formas de prevenção
O médico lembra que afogamentos de crianças podem ser evitados com algumas medidas de proteção simples, como grades em volta piscina, por exemplo. “Com criança, é necessário ficar atento aos detalhes. Daí a importância de um supervisor responsável. Em casos de eventos ou festas, o supervisor deve evitar distrações, como livros e celulares, não ingerir bebidas alcóolicas e saber nadar’”, aconselha.
Mesmo assim, se o afogamento acontecer, a primeira medida é chamar o Corpo de Bombeiros (CBMGO), no telefone 193, ou Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no 192, que farão o primeiro atendimento. “Até mesmo em casos leves, a criança deve ser levada ao hospital para ficar em observação. Vale lembrar que a criança, após o afogamento, deve ser transportada com cobertor ou manta, para evitar hipotermia”, afirma o pediatra.