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Saúde dá início a projeto-piloto para combater violência na escola

Última atualização 18/08/2023 | 15:35

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) deu início, nesta sexta-feira, 18, ao Projeto Integra Escola-Saúde, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), em Piracanjuba, para combater a violência na escola.

Inicialmente, a secretaria fará treinamento com cada representante da rede de atenção no intuito de ajudar a identificar o aluno com algum sinal de sofrimento mental e dar apoio ao acolhimento e atendimento adequados.

Após o lançamento em Piracanjuba, o projeto será ampliado para as escolas do Estado. A coordenadora de Cuidado à Saúde das Pessoas em Situação de Violência, Ana Maria Porto, reforça a importância de identificar a situação o mais cedo possível.

“A violência no ambiente escolar, antes de chegar ao ponto de um ataque de fúria, por exemplo, não acontece de uma hora para outra. Esse aluno passou por um processo de sofrimento até chegar ao ponto crítico. Precisamos aprender a olhar e descobrir e cuidar”, esclarece a coordenadora.

DESAFIO

Pesquisa da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e da organização Itaú Social aponta que a saúde mental é desafio para 75% das redes municipais de ensino no país. Pelo menos um terço das escolas não realizou ações efetivas sobre o tema para professores e estudantes, em especial, para aqueles na faixa etária de 11 a 15 anos.

Com essa idade, os adolescentes passam por questões preocupantes, como bullying e dificuldade de convivência.

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Piracanjuba, município com cerca de 25 mil habitantes, registrou 161 ocorrências de todas as naturezas de violências interpessoais e autoprovocadas, de 2019 a 2023. Apenas em 2022, foram 48 casos. A grande maioria é de violência autoprovocada.

Em todo o estado, no mesmo período, o total de notificações foi de 54,2 mil ocorrências. Proporcionalmente, os números de Piracanjuba são considerados representativos e motivo da escolha do município para receber o piloto do Projeto Integra Escola-Saúde.

“Começamos com a oficina para ajudar professores e gestores da saúde municipal a identificarem situações que podem significar um problema de saúde mental. Depois disso, a rede de atenção e cuidado, que envolve várias áreas, também serão orientadas a trabalhar com o tema”, explica Ana Maria Porto.