Saúde de Goiânia oferta testes rápidos para diagnóstico das hepatites B e C

A Prefeitura de Goiânia informa que oferta testes sorológicos (pesquisa de anticorpos) para as hepatites B e C. Tanto os testes rápidos quanto as vacina estão disponíveis em 68 unidades de saúde do município. A lista com as unidades que ofertam o imunizante à população está disponível neste link: https://saude.goiania.go.gov.br/_servicos/vacinas/salas-de-vacina-em-goiania-2/.

A hepatite viral refere-se a uma inflamação no fígado ocasionada por uma variedade de agentes, podendo ser infecciosos ou não. Atualmente são reconhecidos cinco vírus que infectam o fígado por diferentes vias: hepatites A, B, C, D e E. No geral, essa infecção é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas, mas pode se manifestar como: dor abdominal, febre, cansaço, enjôo e/ou vômitos, tontura e, em casos mais graves, podem causar icterícia (coloração amarelada da pele e de outros órgãos).

É importante ressaltar que as crianças devem se vacinar ao nascer e aos 2,4 e 6 meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são recomendadas três doses, lembrando que para esse público o imunizante está disponível apenas para pessoas imunossuprimidas. Já as pessoas infectadas com as hepatites A e B podem se vacinar também, de modo que quem está vacinado para a hepatite B também está protegido contra a hepatite D.

Tipos de hepatites

  • Hepatites A e E: transmitidas por via oral-fecal, estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, contato sexual desprotegido (contato boca-ânus) e qualidade da água e alimentos.
  • Hepatite B: Transmitida verticalmente (de mãe para filho durante a gestação ou parto) e por compartilhamento de materiais contaminados, como agulhas e objetos não esterilizados. A hepatite D ocorre frequentemente em coinfecção com a B. Na hepatite B, 20% a 25% dos casos crônicos evoluem para uma doença hepática avançada (cirrose e hepatocarcinoma).
  • Hepatite C: Transmitida principalmente por contato com sangue contaminado, como uso compartilhado de agulhas. Pode levar a formas graves como cirrose hepática.
  • Hepatite D: Depende da presença do vírus da hepatite B para se manifestar, resultando em forma crônica em poucos casos.
  • Hepatite E: Similar à hepatite A na transmissão oral-fecal. No entanto, a forma crônica da infecção pelo vírus da hepatite E é rara, reportada em indivíduos que apresentam imunossupressão (diminuição da resposta imune devido ao uso de algumas medicações).

Tratamento
Não há nenhum tratamento específico para as hepatites A e E. É importante se prevenir ingerindo água tratada ou fervida, lavar os alimentos crus (frutas, verduras e legumes) antes de cada refeição e higienizar as mãos após usar o banheiro. Além disso, é importante uso de preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar materiais contaminados.

As hepatites B e D não possuem cura. No entanto, o tratamento disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) tem como objetivo reduzir o risco de progredir a doença e as suas complicações. O tratamento da hepatite C é feito por aproximadamente 8 a 12 semanas, possibilitando a eliminação da infecção com medicamentos também disponibilizados pelo SUS.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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