Saúde orienta sobre cuidados durante o tempo seco

Após a chegada do período seco, iniciado entre maio e junho na Região Centro-Oeste, o índice de umidade relativa (UR) do ar tem registrado níveis abaixo dos 30%, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Situação que favorece ao aumento de doenças respiratórias e que serve de alerta para que a população redobre alguns cuidados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a umidade relativa do ar precisa estar acima de 50% para que as mucosas das vias respiratórias fiquem hidratadas. “Como temos tido registros abaixo de 30%, o que nos resta é buscar alternativas para compensar essa baixa umidade e isso se faz principalmente com o aumento da ingesta de líquidos”, diz o médico otorrinolaringologista da Saúde municipal, Márcio Branquinho.

Outro agravante é a exposição prolongada ao ar seco, que pode causar irritação nos olhos, garganta e pele, além de agravar doenças respiratórias e intensificar o desconforto em pessoas com condições como asma e bronquite. Segundo o Dr. Márcio, as doenças respiratórias mais comuns na região incluem infecções do trato respiratório superior (resfriado comum, sinusite e faringite). Doenças como pneumonia, bronquite aguda e a tuberculose (principalmente em áreas mais vulneráveis) também são condições frequentes.

O médico alerta que a baixa umidade pode ressecar as mucosas das vias respiratórias, o que aumenta o risco de infecções. Para manter uma saúde respiratória de qualidade, ele recomenda seguir alguns cuidados essenciais. “Primeiramente, mantenha as mucosas hidratadas, umidifique os ambientes fechados e mantenha a higiene das mãos para evitar infecções e contato com alergênicos. É importante evitar também o tabagismo, e, principalmente, se vacinar contra doenças respiratórias como a gripe”, ressalta.

Uma outra orientação é referente a vacinação contra influenza que está disponível em todas as salas de vacinação do município. Atualmente, todas as pessoas acima de 6 meses de idade podem se vacinar.

Internações por problemas respiratórios
A SMS tem monitorado os dados de internações relacionadas a doenças respiratórias na capital. As taxas entre 2023 e 2024 tiveram uma leve queda. Em maio, junho e julho de 2023, foram registradas 870 internações, representando 8,3% do total de internações. Já no mesmo período de 2024 foram 687 internações, o que corresponde a 7,49% do total. Embora a redução seja uma boa notícia, é fundamental manter os cuidados recomendados para ter uma saúde com mais qualidade.

Confira mais algumas orientações para enfrentar o tempo seco:

  • Hidrate-se adequadamente: beba bastante água para manter as mucosas hidratadas e facilitar a respiração;
  • Mantenha o ambiente limpo: limpe regularmente a casa para reduzir poeira e alérgenos que podem agravar problemas respiratórios;
  • Evite exposição a poluentes: minimize a exposição a poluentes e fumaça, que podem irritar as vias respiratórias;
  • Faça lavagens nasais: utilize soluções salinas para irrigar as narinas e remover secreções secas e irritantes;
  • Exercícios físicos: evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre às 10h e às 17h;
  • Utilize produtos hidratantes: aplique cremes e loções para manter a pele hidratada e evitar ressecamento;
  • Hidrate utilizando soro fisiológico: aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
  • Ventile bem os ambientes: abra janelas para permitir a circulação de ar fresco e reduzir a concentração de poluentes internos;
  • Adote uma dieta equilibrada: consuma alimentos ricos em vitaminas e minerais para fortalecer o sistema imunológico;
  • Evite alergênicos: mantenha distância de alérgenos conhecidos, como poeira, pêlos de animais e produtos químicos fortes.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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