Saúde orienta sobre medidas em caso de picadas de abelhas

A Prefeitura de Goiânia orienta a população sobre como agir adequadamente para prevenir e tratar picadas de abelhas. Embora esses insetos sejam fundamentais para a polinização e para o equilíbrio ecológico, eles podem se tornar agressivos quando se sentem ameaçados. Picadas podem causar desde reações simples até choques anafiláticos e outras complicações graves nas vítimas.

Segundo a médica alergista e imunologista da Saúde municipal Germana Pimentel, as picadas de abelhas, além de ser uma experiência dolorosa, podem desencadear dois tipos de reações: tóxicas e alérgicas. A primeira depende da quantidade de ferroadas e a segunda da sensibilidade do organismo da pessoa ao veneno.

“A reação tóxica ocorre quando a pessoa é atacada por um enxame de abelhas. A grande quantidade de veneno pode causar dor local intensa, edema, sensação de náusea, tontura e, em casos graves e até complicações renais. No caso de ocorrer uma quantidade significativa de ferroadas, a procura por atendimento médico pode ser crucial”, explica a médica.

Já nas reações alérgicas o problema surge quando o indivíduo já foi sensibilizado anteriormente ao veneno da abelha. “Para aqueles que têm alergia, os sintomas podem ser mais severos. De início pode ocorrer inchaço e vermelhidão no local da picada, mas também pode evoluir para reações sistêmicas graves, como dificuldade respiratória, inchaço da garganta e até choque anafilático podendo levar à morte”, alerta a médica.

“Quem é muito alérgico precisa estar preparado e ter sempre a adrenalina autoinjetável por perto, dispositivo que pode ser vital em situações de anafilaxia. Essa medicação deve ser administrada imediatamente, logo após os primeiros sinais de uma reação grave”. Pimentel também alerta para os tratamentos de dessensibilização ao veneno. “Trata-se de um plano de ação previamente estabelecido pelo especialista e que pode usar a imunoterapia alérgica, estratégia que dá resultados bastante satisfatórios”, diz

Germana Pimentel dá algumas dicas para o caso de picadas. “Assim que ocorrer a picada, é essencial retirar o ferrão imediatamente para interromper o fluxo de toxina, pois ele pode continuar liberando veneno na pele. Em seguida lavar a área com água fria e sabão e aplicar algum antisséptico para diminuir a inflamação e, se necessário, tomar um antialérgico, e nos casos mais graves procurar o médico imediatamente”, conclui.

Papel da Vigilância em Zoonoses

A Divisão de Zoonoses é responsável por monitorar e controlar situações que envolvem riscos à saúde relacionados a pragas e animais. Em relação às abelhas, a Zoonoses realiza o manejo desses insetos. “Nossa missão é remover os enxames de áreas de risco e transportá-los para apicultores parceiros, como a Universidade Federal de Goiás (UFG). A remoção é essencial para evitar acidentes graves, especialmente com pessoas que podem ser alérgicas às picadas”, aponta o gerente de Controle de Animais Sinantrópicos, Wellington Tristão.

O gerente explica ainda que a Prefeitura de Goiânia não elimina as abelhas e prioriza a remoção segura e o encaminhamento para locais apropriados. A equipe de Zoonoses atua para minimizar os riscos e proteger a população”, finaliza. Em caso de formação de colméia em residências, a equipe da Zoonoses pode ser acionada pelo aplicativo “Gyn 24h” ou pelo telefone (62) 3524-3131.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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