Saúde vai distribuir contraceptivo injetável para mulheres

Os municípios goianos começam a oferecer o contraceptivo injetável para mulheres, a partir de setembro. O medicamento é o Medroxiprogesterona + Cipionato de estradiol (25 mg + 5 mg) conhecido no mercado como Cyclofemina. Na quinta-feira, 31, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, realizou uma capacitação on-line com médicos, farmacêuticos e enfermeiros do Estado sobre a utilização do medicamento, que foi incorporado ao SUS no ano passado.

A gerente de Assistência Farmacêutica e Vigilância em Saúde, Viviane de Cassia Troncha Martins, explica que o Cyclofemina não é um medicamento novo, e apresenta menos efeitos adversos e boa eficácia.

“Esse medicamento foi incorporado no elenco de medicamentos disponibilizados pelo SUS como mais uma opção terapêutica disponível para o Programa Saúde da Mulher, uma vez que poderá substituir o anticoncepcional oral”, reforça a gerente da área responsável pela capacitação.

CONTRACEPTIVO INJETÁVEL

A ginecologista e obstetra da Vigilância em Saúde Rosane Silva Carneiro de Araújo orientou os mais de cem profissionais que participaram da qualificação a tirarem todas as dúvidas das mulheres atendidas nos municípios sobre eficácia, efeitos colaterais e receio com injeções.

“Normalmente, as mulheres têm medo do medicamento injetável, mas esse, por ser aquoso, não é doloroso e regula bem o ciclo, sendo utilizado uma vez ao mês. Os profissionais terão condições de orientar e permitir que a mulher tenha mais uma opção para controlar o planejamento familiar”, afirma a médica.

Conforme cronograma definido pelo Ministério da Saúde, as mulheres atendidas na atenção primária nos municípios vão começar a receber o contraceptivo injetável a partir de setembro, sob orientação dos médicos dos postos de atendimento.

Após recebimento dos lotes enviados pelo MS, a distribuição do medicamento será feita pela SES-GO aos municípios, por meio das Regionais de Saúde.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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