SC emite alerta máximo após 1º caso de gripe aviária em granja comercial do
Brasil ser detectado no RS
Alerta é para que a avicultura comercial de Santa Catarina, único estado
brasileiro que faz divisa com o Rio Grande do Sul, reforce as medidas de
biosseguridade.
Santa Catarina intensifica medidas de defesa sanitária após confirmação de foco
de Influenza Aviária no RS — Foto: SAR/ Divulgação
Após a confirmação de um foco de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, único estado brasileiro que faz divisa com o território gaúcho, De emitiu alerta máximo para que a avicultura comercial reforce as medidas de biosseguridade nesta sexta-feira (16).
O estado informou que vai intensificar as ações de defesa sanitária animal, que incluem: análise da movimentação de produtos de origem animal vindos do estado vizinho e a vigilância em propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias.
A gripe aviária, ou H5N1, é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave).
Conforme o governo federal, trata-se do primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectado na avicultura comercial do país — antes as ocorrências eram em aves silvestres. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, especialmente na Ásia, África e no Norte da Europa.
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiram a nota técnica n.º 001/2025 com outras medidas e orientações.
Segundo o documento, serão prestadas orientações aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul para intensificar a inspeção física e de documentos de todas as cargas de aves e ovos férteis vindos do Rio Grande do Sul.
Os médicos veterinários da Cidasc foram orientados a manter a avaliação criteriosa nos atendimentos de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN), além de intensificar as orientações sobre a importância da biosseguridade na prevenção das doenças das aves durante as vigilâncias e certificações de rotina.
A depender da evolução do cenário epidemiológico, segundo o governo, novas medidas poderão ser adotadas.
O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave).
A Influenza Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos na província de Guangdong, no sul da China.
Os produtores devem reforçar as medidas de biosseguridade e proibir visitas de pessoas alheias ao sistema de produção; aves mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas; a Cidasc deve ser comunicada em caso de aves de qualquer espécie apresentando sinais clínicos de Influenza Aviária (dificuldade respiratória, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo ou girando em seu próprio eixo, ou mortalidade alta e súbita).