Uma festa promovida por alunos do 3° do ensino médio da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH), no Rio Grande do Sul, causou polêmica nas redes sociais neste último fim de semana. Intitulada de “Se nada der certo”, os alunos se fantasiaram de profissões que julgaram “alternativas” caso não passassem no vestibular e o futuro profissional não ser como o imaginado.
Haviam alunos fantasiados de cozinheiro, churrasqueiro, atendente de supermercado e rede fast food, faxineiro, gari, revendedor de produtos de beleza, entregador de jornal, ambulante e outras profissões consideradas alternativas pelos alunos.
A festa ocorreu no dia 17 de maio, mas a repercussão só ocorreu neste fim de semana após divulgação das fotos. Para os usuários das redes sociais, os estudantes humilharam as pessoas que trabalham nessas profissões, por não serem consideradas boas o bastante para eles, e promovem a desigualdade social.
tem que ser muito privilegiado pra achar que "se nada der certo" (se vc não conseguir um emprego valorizado) é só arrumar um subemprego
— cachorro acorda com próprio peido (@goticosuave) June 5, 2017
https://twitter.com/lxcarvalho/status/871720394759311360
se essa festa em escola de rico "se nada der certo" com alunos "fantasiados" de trabalhadores não é ódio de classe então não sei o que é
— @likeazombie.bsky.social (@likeazombie) June 5, 2017
https://twitter.com/dedeikjsf/status/871759031467204608
https://twitter.com/wonderkarina/status/871750109377286144
https://twitter.com/donizett1/status/871755794341122048
Nota
Em nota publicada no facebook, o colégio responsável pediu desculpas pelo “mal entendido”, e disse que em nenhum momento houve a intenção de discriminar determinadas profissões. “Até porque muitas delas fazem parte do próprio quadro administrativo e são essenciais para o bom funcionamento da Instituição”.
“O objetivo principal dessa atividade foi trabalhar o cenário de NÃO APROVAÇÃO NO VESTIBULAR, de forma alguma foi fazer referência ao “não dar certo na vida”, continuou a nota.
Os responsáveis destacaram que “todas as colocações e situações oriundas certamente serão temas de discussão e aprendizado em sala de aula”.