Em meio a reforma ministerial e criação do Ministério do Emprego e da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro comentou a agenda econômica do governo. Um dos temas comentados, em entrevista à Rede Nordeste de Rádio, foi o preço do gás cozinha, que sofreu um aumento no preço pelo menos 3 vezes apenas neste ano.
Ao ser perguntado, o presidente disse que, se o produto sai das refinarias a R$ 45 e chega ao consumidor final a R$ 110, o problema não é do governo e sim dos governadores, que não baixaram a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“O gás, lá onde ele é engarrafado, na Petrobras, custa R$ 45. Qual o imposto federal do gás? É zero. Cancelei todos os impostos federais do gás por 20 anos. Então, se sai a R$ 45 e chega a R$ 110, tem R$ 55 ao longo o caminho”, afirmou Bolsonaro.
“Qual é a composição desse gasto extra? É o frete, o transporte, é o cidadão da ponta que está vendendo o bujão? E a maior parte? O ICMS, imposto estadual. Então, o pessoal deve procurar o seu deputado estadual, o seu governador, e dizer: governador, o presidente Bolsonaro zerou o imposto do gás. Que baixe um pouquinho, dê uma demonstração”, provocou o presidente.
Segundo o presidente, a alta tarifa do ICMS também é o foco da reclamação dos caminhoneiros, sobre o avanço do valor litro do óleo diesel. “Hoje, quando se vê o valor do frete, temos que ver qual é o vilão”, disse.
Bolsa Família
O presidente também comentou sobre o aumento do Bolsa Família, esperado para o mês de novembro. Segundo ele, o aumento de pelo menos 50% no valor do benefício está garantido. “Nós estamos vendo de R$ 300 até o fim do ano, para mais de 22 milhões de pessoas. Mas não é para voto. Queremos que a pessoa tenha uma porta de saída”, afirmou Bolsonaro