Sean “Diddy” Combs busca soltura imediata da prisão após condenação: defesa alega ‘punição excessiva’ e violação de direitos constitucionais.

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Diddy tenta soltura imediata da prisão, e defesa do rapper fala em ‘punição excessiva’

A condenação de Diddy ocorreu em julho, quando ele foi considerado culpado de duas acusações de transporte para fins de prostituição.

Diddy foi considerado inocente de acusações mais graves; entenda o caso

Sean “Diddy” Combs acionou a Justiça dos Estados Unidos com um pedido de soltura imediata, contestando a validade de sua pena de 50 meses de prisão. A solicitação do rapper foi noticiada pela imprensa americana nesta quarta (24).

Segundo o site da revista americana “Variety”, a defesa do artista protocolou um recurso de 84 páginas. O documento alega que a punição aplicada pelo tribunal federal teria sido excessiva e baseada em interpretações que extrapolaram o veredito do júri.

ARGUMENTOS DA DEFESA

Advogada de Combs, Alexandra A.E. Shapiro, criticou o juiz Aran Subramanian, afirmando que o magistrado teria atuado como um “décimo terceiro jurado”. Segundo o recurso, o juiz ignorou a decisão final dos jurados ao concluir que o músico teria “coagido e explorado” mulheres para fins sexuais, além de liderar uma conspiração criminosa — acusações das quais ele não foi considerado culpado pelo júri.

O documento ressalta que, para os crimes pelos quais Combs foi condenado, as sentenças costumam ser inferiores a 15 meses, mesmo em situações onde há comprovação de coerção.

HISTÓRICO DO CASO

A condenação de Diddy ocorreu em julho, quando ele foi considerado culpado de duas acusações de transporte para fins de prostituição. No entanto, o artista foi absolvido de crimes mais graves, como tráfico sexual e extorsão, que poderiam resultar em penas muito mais severas.

Durante a audiência de sentença em outubro, o juiz Subramanian deixou claro que o histórico de violência do rapper influenciou sua decisão, citando especificamente as imagens de 2016 que mostram Combs agredindo sua ex-companheira, Casandra “Cassie” Ventura.

Na ocasião, o magistrado afirmou que a mesma força usada para ferir mulheres deveria ser utilizada para ajudá-las, encorajando Combs a aproveitar sua “segunda chance”.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E SITUAÇÃO ATUAL

Além de questionar o tempo de prisão, a defesa tenta agora reverter a condenação utilizando um argumento baseado na Primeira Emenda da Constituição americana.

Os advogados dizem que as interações sexuais e as filmagens realizadas por Combs estariam protegidas pelo direito à liberdade de expressão, uma tese que já havia sido descartada anteriormente pelo tribunal.

Atualmente, Sean Combs cumpre sua pena no Instituto Correcional Federal Fort Dix, em Nova Jersey. Caso o recurso não prospere, sua data de libertação está prevista apenas para maio de 2028.

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