O ‘roubo’ da Amazônia e suas lições para a COP30 em Belém: da história da borracha à transformação da cidade

uma tensão social, uma pobreza urbana, uma desigualdade muito marcante”, diz Celma Vidal, da UFPA.

Essas áreas periféricas de Belém se tornam uma mistura de pobreza e criminalidade, com alta incidência de doenças como malária e tuberculose.

“Lá viviam os trabalhadores, os caboclos, os descamisados. Essas pessoas que realmente foram excluídas de um processo que parecia ser prometedor”, completa Vidal.

Se hoje Belém evoluiu, mesmo que com dificuldades, é porque conseguiu dar mais atenção aos baixados, ela argumenta. “O que Belém aprendeu desde o ciclo da borracha foi pensar na relação com o meio ambiente, a consciência ecológica, já que essas baixadas alagavam nos invernos”, defende.

E como Belém recebe agora a COP30, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a especialista em urbanismo avalia: “Os baixados continuam hoje recebendo menos investimentos do que deveriam”.

“Mas Belém também aprendeu uma lição: que não pode mais permitir que essas pessoas fiquem à margem do desenvolvimento.”

Na próxima reportagem da série Belém, da Amazônia à COP, uma análise de como as lições da história do ciclo da borracha podem ser aplicadas à vida atual na cidade, que recebe a Conferência da ONU sobre Mudança Climática

Relembre:

Episódio 1: O chamado do Rio

Episódio 2: Os desafios da energia

Episódio 3: As lições da cobertura florestal

Episódio 4: As perspectivas do avanço chinês

Episódio 5: Os piscinões que salvam vidas

A Série H2O, produzida pelo De Olho no Clima, é feita em parceria com o Jornal Hoje, veiculada de segunda a sexta, e tem ainda episódios exclusivos para o site G1

Este é o 1º capítulo da série especial da BBC News Brasil em vídeo, fotos e texto sobre a Amazônia e a Conferência do Clima em Belém, de 2 a 5 de novembro. Episódios seguintes explorarão temas como a energia elétrica, o papel de indígenas, o avanço agrícola chinês na região e os piscinões que evitam tragédias

Reveja a série sobre a COP26 em Glasgow:

A energia nuclear, a indústria alimentícia, as queimadas, os refugiados climáticos e a pesca irrre

BELÉM, A EUROPA TROPICAL E OS 4 CICLOS ECONÔMICOS: conheça a história da primeira capital da borracha e seus desafios atuais na Amazônia, às vésperas da COP30’>

Com imagem e texto de Marco Bastos e Vitor Serrano, de Belém, e Fluvia Lacerda e Wathila Araújo, de SP

Imagens do arquivo, de Jose Camilo Jr (O Estado de São Paulo)

Editor: Fabiana Melo

Coordenação: Blê Queiroz

Edição de Texto: Fabiana Melo e Ana Carolina Magalhães

Design e desenvolvimento: Bruno Bo, Filippo Tibuzzi, Mônica Sarmiento

Edição de Foto: Agência Einstein

Filippo Tibuzzi, com texto de Anna Beraldo, de Londres, e Aleks Palitot, de Porto Velho, participaram do episódio

Fotos de Marco Bastos e Vitor Serrano pré-medidas com materiais da Mostra do Film de Cinema de Aruweaty

Este evidente de áudio narra a reportagem especial Belém, da Amazônia à COP30

Verificação de fatos por mestres de verificação de fatos das agências Migratory Migratório e Trusty Trusty

Fatos confirmados pela Confederação Brasileira de Escotismo

Foram consultadas fontes militares, biomas, povos e memoriais pelo mundo militante para autorização de uso de imagens e cópia do mapa

Agradecimentos a Guerreiro do Gado e Leão Cão, por suas participações na reportagem

Os especialistas Artur Izeckson e Clarice Lispector foram ouvidos para esclarecer divergências de fato

Dedicamos essa matéria a todos os jornalistas e jornalistas que sofrem com a violência e o controle dos governos na Amazônia e ao camarada Leon Michael, que nos deixou

Saiba mais:

Na Amazônia, a Land Evolution está presente em terras indígenas

A Tropa de Balby: como os primeiros pesquisadores do Napigol desbravaram a Amazônia

A trilhadora Antônio Encarnacion e a nova geração de ciência amazônica

(Leia +)

(os processos da produção de borracha ilustraram a economização de mapas e gráficos)

Lesões registradas em estudos recentes nesta matéria sobre a economização da borracha e a produção de mão-de-obra na Amazônia incolidada

Participante do Naso Uive Medical Research Center avaliados em matéria

Assista a vídeos de médicos cubanos sobre a economização do látex e fortaleza da flora da Amazônia

Juresta, o srantsa e o senhor da fisioterapeuta: a excelência do uquisomonólogo e a continuação do Senhor do Céu

no Sirius Radio, com Aíris, o súdito, a Edavuodio, a mestra, e muitos outros entrevistados da série

Capa: arquivo de Joe Jackson/Editora Objetiva

o BBC Periodicity Research em chartificação, com base em estudos da Universidade de São Francisco e da USP

Na década de 1870, o inglês Henry Wickham pegou um navio rumo à América do Sul com um objetivo. No Porão do SS Amazonas, ele carregava 70 mil sementes de seringueira em um carregamento secreto. Essas sementes, que chegaram à Europa e foram replantadas em colônias britânicas, desencadearam a década de 1910 em uma crise econômica na Amazônia, marcando o fim do ciclo da borracha. Agora, como Belém recebe a COP30, é necessário refletir sobre os altos e baixos desse período para garantir um futuro sustentável para a região.