Secretaria da Cultura doa livros ao sistema penitenciário

Para incentivar a leitura no sistema penitenciário, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) doou 180 livros para o acervo da Biblioteca Bernardo Élis, localizada na Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia. Os exemplares fazem parte de um total de 3,6 mil livros arrecadados pela pasta nos últimos dois meses, por meio da campanha Gira Livros.

“Essa ação da Secult mostra o poder que a leitura tem de transformar pessoas. Estamos trabalhando para ampliar essas iniciativas que oportunizam o contato com a literatura, ferramenta essa que dá mais perspectiva e conhecimento para os leitores”, frisa a secretária interina de Estado da Cultura, Yara Nunes.

Compõem o material nove kits com 20 livros de literatura brasileira e mundial, cada um, e cinco exemplares em braile, para o atendimento da população carcerária com deficiência visual total ou parcial.

A gerente de Educação, Módulo de Respeito e Patronato da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Michelle Cabral, destacou que os livros em braile promovem acessibilidade. “Desta forma, os reeducandos com alguma deficiência também podem participar do programa de remição por leitura e, depois, realizar a avaliação oral”.

Ainda este mês, o sistema penitenciário recebeu a doação de 15 mil livros da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Gira Livros

A primeira edição da Campanha Gira Livros, promovida pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), arrecadou títulos entre 14 de fevereiro e 15 de março, com o objetivo de estimular a cultura da doação e reunir acervo para bibliotecas públicas do estado.

A iniciativa também cedeu exemplares para o projeto Estante Literária, que distribui obras gratuitamente à população. Além das campanhas, a Secult disponibiliza um ponto permanente para doação de livros na Biblioteca Estadual Pio Vargas, dentro do Centro Cultural Marietta Telles. O espaço funciona na Praça Cívica, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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