Secretaria da Mulher lança campanha contra assédio sexual nos ônibus, em Goiânia

Na próxima segunda-feira, 08 de março, para marcar o Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de Goiânia, através da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), em conjunto com a RedeMob, lança a campanha “Meu Corpo Não é Corrimão”. 

A campanha objetiva combater, alertar e conscientizar a população em relação ao assédio sexual que as mulheres sofrem no transporte público coletivo. A ação será feita de forma contínua durante todo o ano de 2021, contando com ações afirmativas, educativas e preventivas ao abuso sexual e violência contra a mulher. 

A RedeMob cedeu espaço em mil veículos do transporte coletivo para fixação de cartazes informativos da campanha, além de fazer a divulgação em todas as TVs internas existentes nos ônibus. 

A secretária da Mulher, Tatiana Lemos, reforçou que as mulheres sofrem importunação sexual todos os dias no transporte coletivo. “Diversas mulheres passam por essa situação, mas por constrangimento ou medo não denunciam seus agressores”, afirma . “A campanha tem como objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar a sociedade pelo fim da violência contra a mulher dentro destes veículos públicos”, acrescenta. 

As mulheres podem realizar as denúncias pelos números: 190 da Polícia Militar, pelo 153 do programa Mulher Mais Segura da GCM, assim como em uma das delegacias da Mulher da capital. 

A Lei nº 13.718/2018, que diz respeito sobre a importunação sexual, está regulamentada no Código Penal Brasileiro e pune pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem seu consentimento. Estão incluídas ações como beijos forçados e passar a mão no corpo alheio sem permissão. A pena é de um a cinco anos de detenção . 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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