Secretária de educação de Goiás explica sobre retorno das aulas presenciais

Em entrevista ao jornal Diário do Estado a secretária de educação do estado de Goiás, Fátima Gavioli, falou sobre o retorno das aulas presenciais. Fátima Gavioli já havia informa que o retorno das aulas presenciais em Goiás seria somente no momento em que a ciência, por meio do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) e da Secretaria de Saúde, garantir que não há mais risco de faltar leito e respiradores.

Em relação a possibilidade do retorno das aulas, a secretária explica que: “Eu acabei de participar da reunião do COE, eles deliberam as redes privadas e estadual para que a partir de agora possam fazer a retomada com 25% dos alunos de cada turma. De acordo com o COE o risco caiu muito e isso é uma informação importante. No entanto, precisamos ter em mente que a deliberação se vamos voltar ou não ainda é uma decisão colegiada que vai ser tomada por mim, pelo governador, pelos professores, pelo sindicato dos gestores, pelos pais. Não tem como um único documento deliberar isso. O Ministério Público já entrou em contato comigo para marcar reunião de como vai ser se houver retomada. Nesta altura, faltando 40 dias para acabar o ano letivo, talvez o resultado é que não valha a pena colocar os servidores e estudantes em contato, mas vamos ouvir o que os pais, professores, e alunos têm a nos dizer”, relata.

Questionada sobre a possibilidade de 2021 continuar a pandemia e não acontecer a vacinação, a secretária informa que: “O plano de retomada está previsto para 18 de janeiro de 2021 e nele prevê um protocolo de segurança, onde aponta quais são as EPIs que temos que ter na escola, quais providências devem ser feitas, em que condições, quantos alunas, todas as medidas do plano de retomada. Ele foi construído no gabinete de crises, com a participação de todos representantes e com a mentoria do Instituto Uniban”, declara.

Fátima Gavioli elogiou o desempenho dos professores durante as aulas remotas. “Esses professores foram guerreiros. Alguns tinham domínio das mídias sociais e outros não, há muitos anos não utilizavam o computador de forma tão cotidiana. O Centro de Formação de Professores atuou muito rapidamente a auxiliar os professores no uso das tecnologias, sem falar que um professor ajudou o outro. Nós tivemos aula sobre como montar apresentação. As crianças em casa também ajudou muito nesse processo, os professores aprenderam com os alunos”, informa.

Assista e entrevista na integra:

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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