Secretaria de Proteção dos Animais cria protocolo para animais baleados no Rio: caso do cão Scooby preocupa

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No mês de outubro, pelo menos sete animais foram vítimas de tiros no Rio de Janeiro, gerando preocupação e revolta com a violência indiscriminada que atinge até mesmo os animais indefesos da região. Diante desse cenário alarmante, a Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais da Prefeitura do Rio tomou medidas para lidar com a situação, criando um protocolo específico para casos em que animais são baleados, visando garantir a proteção e atendimento necessário a esses seres vulneráveis.

Em uma megaoperação realizada nesta terça-feira nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital fluminense, que se tornou a mais letal da história do Rio, um dos registros lamentáveis foi o ferimento de um cãozinho chamado Scooby, de 7 anos. O animal da raça cane corso foi atingido na região lombar enquanto estava no terraço de sua casa em Olaria, bairro próximo à Vila Cruzeiro, local onde ocorreu a ação policial.

De acordo com informações da Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais, o mês de outubro contabilizou sete animais atingidos por disparos na cidade do Rio de Janeiro, demonstrando a gravidade e frequência desse tipo de violência. Em virtude desses acontecimentos, Luiz Ramos Filho, secretário da pasta, ressaltou a importância de registrar e encaminhar todos os casos de animais baleados para as autoridades policiais, a fim de que sejam investigados e os responsáveis sejam identificados.

Após ser baleado, Scooby foi prontamente socorrido e submetido a uma cirurgia pelos médicos veterinários da prefeitura. Felizmente, o cão passa bem e recebeu alta, mas continuará sendo monitorado pela equipe do hospital veterinário São Francisco de Assis, em Irajá. O tutor do animal, Hélio Fernando de Abreu da Silva, relatou o desespero vivenciado durante o momento do disparo e o resgate do cão, ressaltando o impacto emocional causado não só a ele, mas também à sua família.

As ações policiais durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão resultaram em mais de 60 mortos, 81 prisões e a apreensão de 93 fuzis, em uma tentativa de conter o avanço do Comando Vermelho na região. Diante do cenário de violência intensificada, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para proteger não apenas os seres humanos, mas também os animais que acabam sendo vítimas colaterais desse enfrentamento.

É importante destacar a relevância de sensibilizar a população sobre a necessidade de respeitar a vida e integridade dos animais, garantindo que sejam protegidos contra ações violentas e cruéis. A defesa dos direitos animais deve ser uma prioridade em qualquer cenário de tensão ou conflito, visando assegurar o bem-estar e a segurança de todas as formas de vida presentes em nossa sociedade, incluindo os animais domésticos e silvestres que compartilham o nosso ambiente.

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