Secretaria de Segurança Pública lança Operação Shamar

As Forças de Segurança Pública de Goiás deram início, nesta segunda-feira, 21, à Operação Shamar. Articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério das Mulheres, Secretaria Nacional de Segurança Pública, a operação visa, especialmente, ao combate da violência doméstica familiar contra a mulher e do feminicídio.

Em Goiás, a ação nacional contará com o empenho efetivo da Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM), Guarda Civil Metropolitana e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. O investimento do MJSP na operação é de mais de R$ 2 milhões e será direcionado às secretarias estaduais de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal para o pagamento de diárias de policiais militares e civis.

O reforço de efetivo policial será direcionada para ações preventivas, educativas, ostensivas e repressivas no enfrentamento da violência doméstica. As diárias que serão pagas incluem o deslocamento das equipes a cidades onde não há delegacia especializada, para que sejam promovidas a divulgação de informações sobre canais de denúncia e leis de proteção à mulher vítima de violência

SHAMAR

A operação recebeu o nome “Shamar” devido à origem hebraica da palavra, que significa ato de guardar, vigiar ou proteger. O objetivo da operação é conscientizar a sociedade quanto à prevenção da violência contra a mulher, por meio de mobilização social e instituição de medidas para coibir todas as formas de violência contra a mulher, além de fomentar denúncias.

O propósito é buscar a efetiva proteção desse grupo vulnerável. A operação termina no dia 15 de setembro, somando 26 dias. A SSP espera que, com a integração das forças de segurança e com o apoio das outras as instituições, a operação Shamar alcance resultados expressivos.

CANAIS DE DENÚNCIA

Em caso de suspeita ou violação dos direitos da mulher, a orientação é procurar uma delegacia de polícia especializada, ou ligar para o 190, ou para a Central de Atendimento à Mulher do Ministério das Mulheres, pelo número 180.

O Ligue 180 é a Central de Atendimento à Mulher do Ministério das Mulheres que presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher. As denúncias podem ser feitas tanto pelas mulheres, como por testemunhas da violência. O 180 também está disponível no WhatsApp: (61) 9610-0180.

Em Goiás, está disponível para todas as mulheres, nas lojas de aplicativos IOs e Android, aplicativo Mulher Segura, que permite à cidadã goiana acesso direto aos serviços do estado de Goiás para comunicar casos de violência.

À disposição estão também o 190 da PMGO e o telefone de contato direto com o Batalhão Maria da Penha (62) 9 9930-9778, para situações de descumprimento de medida protetiva.

A Polícia Civil também atua diretamente no combate à esse tipo de violência, e a criação da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem) ampliou a atuação das 1ª e 2ª Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia. O objetivo é fortalecer a rede de combate à violência contra a mulher. Existem 26 Deams no estado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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