Secretaria do Consumidor: ex-funcionário preso por ligação com facção criminosa. Filha de Queiroz ausente do cargo. Investigação em curso.

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Secretaria do Consumidor teve ex-funcionário preso em operação que prendeu TH Joias. A pasta já teve envolvido com o bicheiro Bernardo Bello e foragido por crime contra idosos em seus quadros. Filha de Fabrício Queiroz, que assumiu cargo em 13 de agosto, não apareceu para trabalhar até hoje.

Alessandro Pitombeira Carracena, ex-funcionário da Secretaria do Consumidor e que já foi titular da pasta no governo Cláudio Castro, foi preso na mesma operação que prendeu Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias. A secretaria já abrigou um foragido da Justiça e tem em seus quadros atualmente um réu por organização criminosa. Carracena é apontado pela PF como integrante do núcleo político da organização criminosa, ligado ao Comando Vermelho.

Segundo as investigações, ele recebia vantagens indevidas para fornecer informações sobre a realização de operações policiais em áreas comandadas pela facção. Um trecho interceptado pela justiça mostra que TH Joias recebia informações de Pitombeira.

Este ano, Paulo Ciro Estevão Mendonça ficou duas semanas como foragido até ser desligado da função de assessor da secretaria. Segundo as investigações da polícia, Mendonça integrava uma quadrilha que abordava idosos, pensionistas e pessoas em situação de vulnerabilidade em Araruama, na Região dos Lagos. Os criminosos ofereciam cestas básicas que jamais eram entregues e roubavam os dados das vítimas para fazer empréstimos.

Altamir Senna Oliveira Junior, o Mizinho, que é policial penal, foi nomeado depois de ser preso, acusado de envolvimento com o bicheiro Bernardo Bello. Segundo o Ministério Público, ele auxiliava e até representava o bicheiro em reuniões com contraventores e milicianos. Mizinho foi solto para responder em liberdade pelos crimes de corrupção ativa e organização criminosa.

Evelyn Queiroz deveria ter começado no emprego como assistente no Procon desde que foi nomeada, no dia 13 de agosto. No entanto, nunca apareceu para o serviço. A investigação foi encerrada pelo Supremo Tribunal Federal, mas um desdobramento passou a ser investigado pelo Ministério Público do Rio, em sigilo.

A defesa do advogado Alessandro Carracena afirmou que sua prisão foi baseada apenas em menções ao seu nome encontradas no celular do deputado TH Joias, sem qualquer indício concreto de envolvimento em atos ilícitos. Em relação aos demais funcionários mencionados, a secretaria informou que serão realizadas investigações internas para esclarecer os fatos. Todos os casos mencionados estão sob análise e acompanhamento para garantir a transparência e a integridade das atividades exercidas pela Secretaria do Consumidor.

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