Secretário critica Justiça sobre prisão domiciliar de Celsinho da Vila Vintém

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Secretário critica Justiça e diz que há dificuldade de fiscalizar prisão domiciliar de Celsinho da Vila Vintém

Celsinho reside na comunidade que deu origem ao seu apelido, localizada em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

No dia seguinte à liberação de Celsinho da Vila Vintém do presídio de Gericinó, em Bangu, o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, criticou a decisão da justiça de transferi-lo para prisão domiciliar.

“Há até uma dificuldade de verificar se ele está cumprindo a prisão domiciliar devido à localização de sua residência”, declarou Victor Santos em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira.

“É perplexante ver um criminoso como esse saindo livremente e desfrutando do benefício de uma prisão domiciliar dentro da própria comunidade”.

Celsinho mora na comunidade que deu origem ao seu apelido, que fica em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

O secretário também ironizou a decisão de retirá-lo da pena em regime fechado.

“Desde os meus tempos na polícia, ele já atuava como traficante e é difícil acreditar que tenha mudado de atividade por conta de problemas de saúde, seus ou de alguém de sua família”, ressaltou.

PRISÃO EM MAIO

Celso Luiz Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, de 64 anos, é um dos fundadores da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA). Ele foi preso em maio na Vila Vintém, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia Civil, ele teria se aliado ao Comando Vermelho (CV) para retomar comunidades dominadas pela milícia e estabeleceu acordos com grupos paramilitares.

Após uma decisão do STJ, Celsinho foi colocado em prisão domiciliar nesta segunda. A determinação foi do ministro Sebastião Reis Júnior, que considerou razões humanitárias e excepcionais para a liberação. O magistrado destacou que a prisão preventiva deve ser a última medida a ser adotada, sendo necessário avaliar alternativas adequadas para cada caso específico.

Em substituição ao regime fechado, o ministro optou pela prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. Celsinho também terá permissão para acompanhar a esposa em consultas médicas, já que Deise Mara de Souza Rodrigues está enfrentando um câncer metastático.

Além disso, a defesa alega que Celsinho possui condições de saúde que demandam tratamento contínuo, como hipertensão, diabetes tipo 2, dislipidemia e diverticulite aguda, tornando sua permanência no sistema prisional inviável.

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