Secretário da Fazenda de Maringá investigado por esquema de lavagem de dinheiro para o narcotráfico internacio

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Quem é secretário do PR investigado por suspeita de fazer parte de esquema de
lavagem de dinheiro para o narcotráfico internacional

Carlos Augusto Ferreira é Secretário da Fazenda de Maringá e foi alvo da segunda fase da Operação Mafiusi. A investigação aponta que ele manteve conversas e fez transações para operador financeiro ligado ao narcotráfico internacional. Ferreira diz que não conhece os outros investigados e que foi confundido com outra pessoa.

Carlos Augusto Ferreira, secretário da Fazenda de Maringá

Um dos alvos da segunda fase da Operação Mafiusi, realizada pela Polícia Federal é Carlos Augusto Ferreira, de 64 anos, secretário da Fazenda de Maringá, no norte do Paraná. Ele assumiu a pasta neste ano e foi nomeado na atual gestão do prefeito Silvio Barros (PP). A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro para o narcotráfico internacional.

Nesta quinta-feira (16), agentes da Polícia Federal (PF) foram até a casa do secretário e apreenderam três carros de luxo. Os veículos são das marcas Ferrari – avaliado em mais de R$ 2 milhões –, Porsche e Mercedes-Benz.

A investigação da Polícia Federal apontou que Carlos fez operações financeiras de até R$ 1 milhão para um operador financeitro ligado ao narcotráfico internacional. Veja prints das conversas abaixo.

Ferreira se formou em engenharia industrial mecânica em São Paulo. Conforme a prefeitura de Maringá, ele possui 30 anos de experiência como empresário e já ocupou cargos executivos em empresas nacionais e multinacionais. Atualmente, além de secretário, Ferreira também é membro do Conselho Administrativo do Aeroporto Regional de Maringá.

A investigação inclui dados extraídos do celular de um homem apontado como operador financeiro de um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas. O documento mostra trocas de mensagens entre o secretário e o operador financeiro do esquema, entre 2022 e 2024. Na época, Carlos Augusto Ferreira era presidente do Pinbank, uma instituição financeira digital (empresas conhecidas como fintechs). As conversas, segundo a investigação, indicam que Ferreira “oferece a estrutura da fintech para movimentação de recursos” cuja origem é suspeita.

Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, na tarde desta sexta-feira (17), Ferreira afirmou que houve uma confusão com o telefone encontrado nas conversas interceptadas.

O DE procurou o Pinbank para se manifestar sobre as afirmações de Ferreira, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. Na nota, enviada pela empresa na manhã de sexta-feira, antes da entrevista do secretário, o Pinbank afirmou que Ferreira foi indicado para o cargo de Diretor-Presidente da instituição e permaneceu por 18 dias, “período em que atuou apenas como consultor, sem poderes para representar ou se manifestar em nome da companhia. A designação não chegou a ser efetivada e foi posteriormente suspensa por não atender os requisitos formais.”

A instituição destacou que não mantém qualquer vínculo atual com Ferreira e disse estar comprometida com a transparência e colaborando com as autoridades competentes.

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