Secretário da PM comenta morte de Herus Mendes: Policiais do Bope afastados e sob investigação

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Durante uma entrevista ao Bom Dia Rio, na manhã da última segunda-feira (9), o secretário de Polícia Militar do Rio, Marcelo de Menezes, comentou sobre a morte do jovem Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, durante uma ação do Bope na comunidade Santo Amaro, no Catete. De acordo com Menezes, os policiais envolvidos na operação não seguiram os protocolos e procedimentos operacionais da corporação, o que resultou no afastamento de todos os oficiais e policiais participantes das ruas para garantir a lisura nas investigações.

Herus foi vítima de disparos durante uma festa junina realizada na comunidade. O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes, revelou que só tomou conhecimento da operação na manhã seguinte, quando os policiais adentraram na região por volta das 3h. Segundo ele, a ação foi coordenada com base em informações de inteligência que apontavam a possibilidade de um ataque de criminosos armados contra facções rivais.

Após mais de 50 horas, o governador Cláudio Castro decidiu exonerar o comandante do Bope, coronel Aristheu de Góes Lopes, e o coronel André Luiz de Souza Batista, do Comando de Operações Especiais (COE), além de afastar 12 policiais que participaram da operação. Marcelo de Menezes ressaltou que a conduta dos agentes será investigada minuciosamente, incluindo a realização de perícias e o depoimento de testemunhas para esclarecer os fatos.

A mãe de Herus, Mônica Guimarães Mendes, relatou que um agente do Bope teria movido o jovem depois de baleado, impedindo qualquer tipo de socorro. Ela lamentou a atitude da polícia, considerando-a responsável pela morte do filho. Mônica descreveu o momento em que Herus foi alvejado enquanto comprava um lanche em uma padaria, destacando a brutalidade da ação.

O caso gerou comoção e revolta na comunidade, com Herus sendo lembrado durante seu velório não apenas pelo trágico fim, mas também pelos seus familiares como um jovem que buscava se manter distante do crime. Enquanto o Bope alega ter agido em resposta a informações de uma possível investida criminosa na região, a falta de conformidade com os protocolos estabelecidos pôs em xeque a atuação dos agentes e suscitou questionamentos sobre a segurança e integridade dos moradores.

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